A esposa do presidente Janja Lula da Silva representou, na noite de terça-feira (16), o novo grupo de trabalho do G20 focado nas políticas para as mulheres. O G20 é a união de 20 das principais economias globais, estando o Brasil na presidência rotativa durante este ano.
Janja protagonizou um vídeo divulgado nas mídias sociais comemorando a realização da primeira reunião deste grupo durante a presidência temporária do Brasil, porém sem especificar se terá algum papel na condução dos trabalhos.
“O grupo de trabalho sobre as mulheres foi estabelecido no ano passado durante a presidência da Índia, enquanto o presidente Lula e eu estávamos lá. O intuito desse grupo de trabalho é promover o empoderamento das mulheres em suas diversas áreas, tanto no mercado de trabalho quanto na busca pela igualdade nos espaços de poder e na tomada de decisão”, afirmou Janja (veja na íntegra).
O vídeo foi compartilhado no perfil oficial do G20 na rede social X em três idiomas – português, inglês e espanhol – demonstrando uma ação institucional do grupo ao escolher Janja para anunciar a iniciativa.
A participação da esposa do presidente em ações oficiais do governo vem ocorrendo desde o início do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lhe concedeu liberdade para atuar institucionalmente. Durante uma live no final do ano passado, ele chegou a mencionar que Janja “não é uma primeira-dama tradicional”.
“Ela era uma agente política antes de eu a
conhecer, continua sendo, por isso que eu falo que ‘você faça o que você
quiser’, cada um de nós sabe as nossas tarefas, nossas missões. Ela não precisa
de cargo para ser importante, para fazer o trabalho que ela quiser fazer, se
quiser visitar alguém, um estado”, afirmou o presidente na ocasião.
A atuação de Janja tem sido destacada desde o início do terceiro governo de Lula. Em meados de setembro, ela assumiu a agenda presidencial no lugar do vice-presidente Geraldo Alckmin durante uma visita ao Rio Grande do Sul devido às enchentes que atingiram várias cidades do estado – ela chegou a ser chamada de “Michelle” em referência à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro durante um protesto.
Recentemente, ela apareceu ao lado de Lula durante o evento que confirmou a escolha de Ricardo Lewandowski para substituir o ministro Flávio Dino no Ministério da Justiça e Segurança Pública a partir de 1º de fevereiro. A participação da esposa do presidente em cerimônias assim é incomum na presidência da República.