A esposa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciou nesta segunda-feira (11) a representação do Brasil na CWS, a Comissão para Situação da Mulher, realizada pela ONU em Nova York. Ela foi escolhida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na semana passada como socióloga e não como primeira-dama do país, e sem ocupar uma posição oficial no governo.
Janja compartilhou nas redes sociais que participou do
evento de abertura da CWS e criticou que, ao longo da manhã, cinco homens
fizeram discursos, e nenhuma mulher teve a oportunidade de falar.
“Abertura da CSW – Comissão para Situação da
Mulher. Três homens já falaram, nenhuma mulher. Difícil. Esse é o desafio que
enfrentamos. Por mais mulheres nos espaços de decisão e poder”, afirmou
comentando logo após cinco homens discursarem.
Entretanto, após os discursos dos homens, a indiana Chetna Sinha tomou a palavra, o que foi elogiado por Janja como “agora sim começou a CSW”.
Ela também compartilhou um vídeo com a ministra Cida
Gonçalves, das Mulheres, que está liderando a delegação, explicando que vão
participar de “debates sobre igualdade de gênero e capacitação de meninas
e mulheres, além de reuniões bilaterais com diversos países. É o Brasil de
volta ao debate global pela vida das mulheres”.
No mesmo comunicado em que escalou Janja para participar da Comissão, Lula também nomeou a conselheira Luanda Morais Pires, do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, e a advogada Denise Dourado Dora, especializada em direitos humanos.
A ONU descreve o encontro como “a maior reunião
global de representantes da sociedade civil, funcionários governamentais,
lideranças políticas e especialistas”.
Janja tem total apoio de Lula para atuar politicamente no governo. Em várias entrevistas e transmissões ao vivo, ele enfatizou que ela não seria uma “primeira-dama tradicional”, chamando-a de “agente política”.
“Ela era uma agente política antes de eu a conhecer, continua sendo, por isso que eu digo ‘você faça o que você quiser’, cada um de nós conhece as nossas responsabilidades, nossas missões. Ela não precisa de cargo para ser relevante, para desempenhar o papel que deseja, se quiser visitar alguém, um estado”, declarou Lula em uma das transmissões “Conversa com o Presidente” no final do ano passado.