sexta-feira, 5 julho, 2024
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    JBS investe R$ 10,2 milhões em CRA para financiar pecuária regenerativa na Amazônia


    A JBS divulgou nessa terça-feira (21) o investimento de R$ 10,2 milhões em um novo Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) apoiado no programa “JUNTOS: Pessoas+Floresta+Amazônia”.

    O CRA, emitido pela empresa especializada em base da natureza e consultoria Rio Capim Agrossilvopastoril, será organizado pela Vox Capital e prevê uma emissão total de R$ 100 milhões, sendo a primeira neste semana, de R$ 50 milhões, e a segunda, em 2025, no mesmo montante.

    A previsão do programa JUNTOS, lançado no ano passado pelo Fundo JBS pela Amazônia, é que sejam obtidos mais de R$ 900 milhões via financiamento combinado ao longo desse período, com melhoria do perfil de risco e retorno da operação e aumento da atratividade do setor privado. A cota assumida pela JBS é a parcela de capital com menor prioridade de retorno – conhecida em inglês como first-loss capital.

    No ano de 2023 a JBS destinou R$ 10 milhões ao programa, via Fundo JBS pela Amazônia, para viabilizar a estruturação do JUNTOS.

    “Esse projeto é totalmente inovador e tem uma capacidade transformadora para a pecuária brasileira. Concentrar-se na produtividade para aumentar a sustentabilidade é o que garantirá o engajamento nesse processo de transformação”, avalia Gilberto Tomazoni, CEO global da JBS.

    “Por que o produtor rural não investe em genética e manejo do solo? Porque não tem capital nem assistência técnica. É aí que entra o programa JUNTOS. Acreditamos tanto nesse modelo de desenvolvimento socioambiental que vamos entrar com a cota de maior risco para provar que ser sustentável é mais lucrativo”, completa.

    Os recursos serão aplicados no atendimento de 3.500 pequenos criadores de gado atuantes na área da Amazônia Legal, oferecendo consultoria sobre o uso da terra, aumentando a rentabilidade e freando o desmatamento ilegal do bioma.

    “Estamos viabilizando a operação para gerar impacto positivo por meio de negócios que sejam inclusivos e ambientalmente sustentáveis para a Amazônia, e, ao mesmo tempo, que tenham retorno financeiro. Queremos que a Faria Lima veja retorno ao investir no pequeno produtor com toda a segurança necessária, dentro de um novo padrão de modelo de negócio”, afirma Andrea Azevedo, diretora-executiva do Fundo JBS pela Amazônia.

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    Andrea Azevedo, diretora-executiva do Fundo JBS pela Amazônia. Foto: FJBSA/divulgação

    O CRA conta com um diferencial considerado raro no mercado financeiro: a existência de um comitê de risco e impacto. A frente será formada pela Vox, a Rio Capim e um integrante independente com a função de acompanhar as questões operacionais viabilizadas pelo programa “JUNTOS”. O comitê vai verificar o resultado das mitigações alcançadas e informá-las aos investidores interessados.

    “Investidores e o pequeno produtor atuante na Amazônia Legal carecem de iniciativas com viabilidade técnica e financeira que apoiem a pecuária regenerativa de forma integrada. O programa JUNTOS, agora por meio do CRA com um comitê de prestação de contas, atenderão às demandas das duas pontas”, afirma Valmir Ortega, CEO da Rio Capim.

    A abordagem do CRA é via financiamento combinado, com recursos oriundos de fundos concedidos e privados e centrados no projeto “JUNTOS” de agricultura regenerativa. A estimativa do Fundo JBS é investir até R$ 100 milhões nos próximos dez anos, alavancando mais de R$ 900 milhões entre recursos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar.

    O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), investimentos e doações – além de diferentes tipos de instrumentos financeiros, como fundos de garantia e fundos blended finance, por exemplo, que possam proporcionar estabilidade financeira e auxiliar a ampliar a escala nessa etapa inicial do projeto.

    A empresa Rio Capim foi a primeira empresa apoiada com capital semente pelo programa “JUNTOS: Pessoas+Floresta+Amazônia”. O empreendimento está em estágio inicial. A Rio Capim tem como objetivo beneficiar 150 famílias do Pará ainda neste ano, e 250, a partir de 2025. Em uma década a meta é chegar a 3,5 mil famílias atendidas. A proposta em parceria com o Fundo JBS pela Amazônia é implementar centros de negócios que ofereçam suporte ao pequeno produtor em todas as etapas necessárias para uma pecuária de baixo impacto ambiental na Amazônia Legal, com apoio ainda à implementação da rastreabilidade animal desde o início da criação do gado. O projeto também promove a regularização socioambiental da propriedade, quando necessário.

    “O financiamento combinado permite tanto para o emissor, como para o tomador do crédito, uma taxa muito competitiva. A partir desse cenário, o emissor consegue impulsionar seu próprio negócio, cumprir com seu compromisso, e ao mesmo tempo, criar uma estrutura que o leve a oferecer uma taxa mais atrativa para o mercado. É uma operação vantajosa para ambos”, destaca Daniel Brandão, diretor de Soluções baseadas na Natureza na Vox Capital.

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