O Grupo J&F, liderado pelos empresários Joesley e Wesley Batista, realizou a aquisição da Fluxus, uma empresa dedicada à exploração e produção de petróleo e gás. De acordo com o comunicado, a companhia será a “plataforma de investimentos” da J&F na América Latina.
Na Argentina, a empresa possui um contrato com a empresa de energia Pluspetrol. O acordo envolve a compra de três blocos no Campo Centenário, que produz óleo e gás convencional, na Província de Neuquén, e a aquisição de 33% do Campo Ramos, na Província de Salta. A conclusão da negociação está prevista para 2024.
As duas operações na Argentina têm uma produção diária atual de 9,32 mil barris de óleo. Diariamente, a Fluxus vai processar 1,3 milhão de metros cúbicos de gás e 1,36 mil barris de petróleo.
Por meio de um comunicado, o fundador da empresa, Ricardo Salvini, informou que, após essa primeira transação na Argentina, a companhia está avaliando investimentos no Brasil, Bolívia e Venezuela, com a intenção de focar seus serviços na América Latina.
O impasse persistiu no último encontro entre Joesley Batista, proprietário da J&F, e o acionista da Paper Excellence, o indonésio Jackson Widjaya, em Frankfurt, Alemanha, na última segunda-feira, 27. A reunião teve como objetivo encerrar a disputa entre as duas empresas pelo controle da companhia brasileira Eldorado Celulose.
O problema empresarial, um dos maiores da última década no Brasil, já se arrasta por mais de cinco anos.
Na reunião, realizada no Hotel Roomers, Joesley considerou que o contrato assinado entre as empresas em 2017 expirou. Da mesma forma que na reunião de 2018, na Califórnia, ele propôs novas condições para transferir o controle da Eldorado.
No encontro de segunda-feira, Joesley mencionou a necessidade de a Paper apresentar as autorizações prévias para a compra de terras por estrangeiros, estabelecidas recentemente pelo Ministério Público Federal (MPF), após uma das ações da J&F.
Tais autorizações teriam que ser concedidas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e pelo Congresso Nacional. Sem elas, o MPF solicita a anulação do acordo perante a Justiça.