Uma magistrada substituta da Operação Lava Jato no Paraná, Fábia Nunes de Martins, da 13ª Vara Federal de Curitiba, absolveu hoje o ex-secretário José Dirceu no processo em que ele foi acusado de receber cerca de 2,5 milhões de reais em suborno das empreiteiras Engevix e UTC.
Na sentença, a juíza afirma que o Ministério Público Federal não comprovou a prática de branqueamento de dinheiro pelo ex-secretário e pelos outros réus mencionados no processo. Ela também considerou infundadas as acusações de branqueamento de dinheiro contra Gerson de Mello Almada, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, Walmir Pinheiro Santana.
A denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal com base em inquéritos da PF foi aceita pelo então juiz Sergio Moro, atualmente senador pelo Paraná, em fevereiro de 2018.
Em fevereiro deste ano, a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) reduziu a pena do ex-secretário José Dirceu em uma condenação da Operação Lava Jato. Com isso, a pena passou de oito anos e dez meses para quatro anos e sete meses em regime semiaberto. A maioria dos ministros decidiu pela exclusão da condenação por branqueamento de dinheiro, mantendo apenas a de corrupção passiva.
Ao tomar conhecimento da decisão da nova juíza da Lava Jato, o ex-juiz Sergio Moro, compartilhou um trecho publicado pelo Antagonista: “Nenhuma tecnicidade, no entanto, vai apagar da história dos fatos a corrupção do PT, por mais que seus porta-vozes na imprensa amiga e nos blogs sujos explorem decisões pontuais e demais artifícios de blindagem jurídica como atestados de inocência e vitimização, a fim de limpar o passado do partido e pavimentar o caminho para a volta da farra”.”
A primeira versão da matéria informava que Fábia Nunes de Martino era a nova juíza da Lava Jato, mas ela é magistrada substituta na 13ª Vara de Curitiba. O novo juiz titular da Lava Jato será Danilo Pereira Júnior.
