terça-feira, 2 julho, 2024
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    Juizado de Direito de São Paulo condena chefe do executivo de Guarulhos em processo por falta de probidade administrativa


    O Juizado de Direito de São Paulo (JD-SP) sentenciou o prefeito de Guarulhos, Gustavo Enric Costa, conhecido como Guti (PSD), à perda do cargo público por falta de probidade administrativa.

    Guti e outros legisladores teriam beneficiado os proprietários de um centro comercial vizinho, ao retirar a proteção de um casarão histórico de Guarulhos.

    Além de Guti, outros 24 vereadores e ex-parlamentares, ex-secretários e empresários da municipalidade também devem ter a cassação dos direitos políticos por três anos e receber uma multa correspondente a cinco vezes a remuneração atual da prefeitura. No entanto, é possível interpor recurso.

    A ação foi iniciada pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP), em 2011. O imóvel desprotegido por ordem de Guti estava localizado no meio do estacionamento do centro comercial. Ele foi demolido para ampliar a área destinada aos veículos.

    Para o chefe do executivo de Guarulhos, casarão histórico não proporciona “resgate da história”

    Na época em que era vereador, Guti e outros 24 legisladores aprovaram um projeto de lei proposto por Geraldo Celestino (PMN). Este último é um antigo líder no legislativo local, com histórico de oito mandatos.

    No projeto, Celestino argumentou que o casarão “não oferece ao cidadão guarulhense nenhum resgate de sua história”. No mesmo documento, mencionou que o imóvel se encontrava dentro do estacionamento do centro comercial.

    Além de Guti e de Celestino, outros condenados ainda mantiveram seus mandatos. São eles os vereadores Lamé (MDB), Paulo Roberto Cechinatto (PTB) e Romildo Virginio (PSD). Parte deles já não está mais na Câmara Municipal, mas ocupam cargos de confiança junto a políticos e na gestão de Guti na prefeitura.

    De acordo com a ação, o promotor de Justiça Ricardo Manuel Castro afirmou que secretários municipais utilizaram o parecer de um arquiteto contratado pelos próprios proprietários do centro comercial para retirar a proteção do imóvel.

    Após a aprovação administrativa, o então prefeito Sebastião de Almeida (ex-PDT) decretou a retirada da proteção, em novembro de 2010. Na madrugada do mesmo dia, a empresa demoliu o casarão.

    A Procuradoria-Geral de Justiça afirmou que houve intenção dos agentes públicos e privados em demolir o casarão sem nenhuma justificativa de que havia interesse público. Em segunda instância, o procurador de Justiça Robson Felix Bueno classificou o caso como “má gestão”, sobretudo “má-fé deliberada”.

    A quem pertenceu o casarão histórico de Guarulhos

    A residência que os legisladores retiraram a proteção, alegando falta de relevância para a história de Guarulhos, foi de propriedade de Giuseppe Saraceni, que chegou à cidade em 1919 e foi seu prefeito em 1936. No porão do imóvel, funcionava uma indústria de artefatos de couro. A família era reconhecida como pioneira na industrialização do município.

    No final da década de 1910, José Saraceni adquiriu a residência da família Ferreira Endres, uma chácara próxima ao caminho entre a Penha e Guarulhos | Foto: Reprodução/Facebook

    A casa também serviu como abrigo para combatentes paulistas durante a Revolução Constitucionalista de 1932. Nos anos 1960, abrigou a fábrica de máquinas de escrever Olivetti e, posteriormente, foi adquirida pelo empresário que construiu o centro comercial ao lado da residência, sem alterar sua estrutura.

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