terça-feira, 2 julho, 2024
spot_img
Mais

    Últimos Posts

    spot_img

    Líder da Petrobras é suspeito de coordenar paralisação para forçar acordo que acarretaria dano de R$ 500 milhões


    A Petrobras iniciou uma apuração para investigar os pormenores de um contrato com a empresa petroquímica Unigel que resultaria em um prejuízo estimado de R$ 500 milhões para a estatal. A empresa está averiguando se William França, diretor-executivo de Processos Industriais e ex-dirigente da Federação Única dos Petroleiros (FUP), teria simulado uma greve nas unidades de fertilizantes da Unigel como forma de pressionar pela assinatura do acordo.

    Conforme noticiado pelo jornal O Globo, o líder teria mencionado em uma discussão realizada no Microsoft Teams, ferramenta utilizada para reuniões virtuais, a urgência de coordenar uma paralisação. A justificativa seria acelerar a finalização do contrato, argumentando que, sem ele, as fábricas seriam fechadas. Com isso, haveria reações sindicais e possíveis greves na petroleira.

    França, que também preside o conselho de administração da Transpetro, está sob escrutínio na gestão do CEO da Petrobras, Jean Paul Prates. Recentemente, surgiram denúncias de pressão sobre subordinados para concluir o negócio.

    O contrato que está sendo investigado foi firmado em 29 de dezembro de 2023, em um momento em que as fábricas de fertilizantes arrendadas à Unigel enfrentavam paralisações devido a questões financeiras.

    Conforme o acordo, a Petrobras ficaria responsável pelo fornecimento de gás natural para a produção e comercialização dos fertilizantes. Tanto técnicos da empresa quanto o Tribunal de Contas da União (TCU) questionaram a viabilidade da operação, prevendo um prejuízo de R$ 487 milhões em oito meses devido à disparidade entre os preços do gás e dos fertilizantes.

    TCU investiga líder da Petrobras

    O ministro Benjamin Zymler, do TCU, ressaltou no relatório do caso que França agiu de forma irregular ao assinar o contrato sem a aprovação de instâncias superiores.

    “É, no mínimo, peculiar a justificativa utilizada para embasar a contratação do tolling, levando em conta a possibilidade de que demissões em empresas privadas do Grupo Unigel pudessem desencadear movimentos de greve na Petrobras”, ponderou o ministro do Tribunal. “Se seguir esse raciocínio para avaliar riscos, a Petrobras estaria sujeita a protestos sempre que companhias privadas demitissem ou descontentassem seu quadro de funcionários.”

    França e o diretor-financeiro Sérgio Caetano Leite tiveram seus dispositivos corporativos confiscados como parte da investigação, que inclui também a análise das mensagens no Teams.

    A auditoria interna, sob supervisão da KPMG, está buscando esclarecer os elementos que cercam a conclusão do contrato, com os resultados a serem apresentados antes do encerramento das demonstrações financeiras da Petrobras, em 7 de março. Até o momento, os diretores envolvidos e a Petrobras não se manifestaram a respeito das investigações em curso.

    Em comunicado oficial, a Petrobras defendeu a legalidade do contrato com a Unigel e assegurou que o processo seguiu a governança e os procedimentos internos da empresa.

    spot_img

    Últimas Postagens

    spot_img

    Não perca

    Brasília
    céu limpo
    20.5 ° C
    20.5 °
    16.5 °
    49 %
    3.1kmh
    0 %
    qua
    26 °
    qui
    27 °
    sex
    27 °
    sáb
    28 °
    dom
    20 °

    3.145.186.32
    Você não pode copiar o conteúdo desta página!