sexta-feira, 5 julho, 2024
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    Luas possivelmente avistadas em órbita de exoplanetas parecem não ser reais

     

    Parece que as possíveis luas descobertas na órbita de exoplanetas não têm existência. Segundo um novo estudo conduzido por pesquisadores do Instituto Max Planck de pesquisas no Sistema Solar, os supostos satélites naturais em torno de Kepler-1625b e Kepler-1708b são, na verdade, resultados falsos positivos.

    No nosso Sistema Solar, Mercúrio e Vênus são os únicos planetas não orbitados por nenhuma lua. Sendo assim, os cientistas consideram que é ampla a probabilidade de exoplanetas (mundos que orbitam outras estrelas) possuírem suas próprias luas.

    Evidências de tais exoluas foram encontradas somente nos exoplanetas Kepler-1625b e Kepler-1708b. A possível lua do primeiro foi detectada em dados do telescópio Kepler, da NASA, e seria consideravelmente maior que todas as luas do Sistema Solar. A exolua candidata foi descoberta em 2018 e nos anos seguintes, pesquisadores a analisaram novamente.

    Foi observado algo incomum: ela desapareceu dos dados do Kepler após a remoção de ruídos, mas estava presente em observações com o telescópio Hubble. Enquanto isso, em 2022, pesquisadores anunciaram a descoberta de uma possível lua gigante em torno de Kepler-1708b. No entanto, o novo estudo sugere que nenhuma das duas está conforme aparentava ser.

    Luas fora do Sistema Solar

    Heller e o astrofísico Michael Hippke desenvolveram o algoritmo Pandora, projetado para detectar e descrever os trânsitos de exoplanetas com suas luas. Eles o treinaram por meio de cálculos dos trânsitos de exoplanetas e satélites naturais considerando todas as dimensões, distâncias e configurações orbitais possíveis.

    Ao empregar o Pandora para analisar os dados de Kepler-1708b, a equipe descobriu que as observações que pareciam indicar a exolua podem ser facilmente explicadas por um exoplaneta isolado, sem luas. Já no caso de Kepler-1625b, as observações podem ser justificadas pela divergência entre os comprimentos de onda observados pelo Kepler e pelo Hubble.

    Portanto, a detecção das exoluas foi um falso positivo. Os autores explicam que isso é corriqueiro, já que os algoritmos de busca desses objetos consideram que “descobriram” uma exolua que, na verdade, nada mais é que o planeta transitando diante de sua estrela.

    Eles também utilizaram o algoritmo para prever o tipo de exolua que poderia ser encontrada com os recursos atuais e constataram que ela teria de possuir, no mínimo, as dimensões da Terra, o que sugere que seriam bem distintas daquelas no Sistema Solar. “As primeiras exoluas que serão descobertas em observações futuras, como as da missão PLATO, certamente serão muito atípicas e, portanto, interessantes de explorar”, afirmou Heller.

    Fonte: Nature Astronomy; Via: MPS

     

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