sexta-feira, 5 julho, 2024
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    Luiz Inácio Lula da Silva fala que “faz tempo” que Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra não invade propriedades


    O chefe de Estado Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou, na manhã desta segunda-feira (1º), que os empresários do agronegócio não devem se preocupar com as “ocupações dos sem-terra”, pois já há bastante tempo que os movimentos não realizam novas invasões no território nacional.

    Lula não mencionou o chamado “Abril Vermelho”, evento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que intensificou as invasões no mês de abril e que se estima ter atingido, pelo menos, 60 propriedades neste ano. Até mesmo áreas do governo em Pernambuco, como uma fazenda da Emprapa e outra da Codevasf, foram ocupadas nesse período.

    “Já faz um bom tempo que os sem-terra não invadem terras neste país, já faz bastante tempo. Eles optaram por se tornar pequenos produtores altamente eficientes”, afirmou Lula em entrevista à Rádio Princesa, de Feira de Santana (BA), onde faz anúncios do governo federal nesta segunda-feira (1º).

    Ele também destacou que os produtores devem se preocupar mais com os bancos, que, segundo ele, “estão assumindo o controle das terras hoje” ao adquirirem títulos da dívida agrária. “Quando um banco compra um título, é imperdoável, ele vai atrás e recebe ou toma a terra”, complementou.

    Lula tem sido alvo de críticas pelo agronegócio desde o início de seu mandato por não agir de forma enérgica contra o MST, um aliado histórico que também fez cobranças severas durante todo o ano passado pela demora do presidente em avançar com a reforma agrária.

    No primeiro semestre deste ano, como resposta à pressão, Lula lançou o programa “Terra da Gente” para estabelecer uma espécie de “estoque de terras” destinadas à reforma agrária.

    O presidente afirmou que, nos seus dois primeiros mandatos, promoveu uma reforma agrária “sem conflitos”, “pacífica e tranquila”, destinando 49 milhões de hectares de terras para os assentamentos. “Temos uma Constituição que determina como deve ser feita a reforma agrária, quem deve pagar pela terra e quando necessário, o governo irá realizar”, enfatizou.

    Ele também ressaltou que “há um apoio financeiro extraordinário do governo” direcionado ao agronegócio, e confirmou que lançará o Plano Safra na quarta-feira (3), após adiar na semana passada. Lula assegurou que o programa deste ano será maior que o de 2023 e contemplará os pequenos produtores pela manhã e o grande agronegócio à tarde.

    Agricultura x indústria

    Lula ainda classificou como “pequena e mesquinha” a discussão sobre mais investimentos na indústria brasileira do que no agronegócio, destacando que as commodities agrícolas hoje contam com uma avançada tecnologia de desenvolvimento.

    “Devemos considerar que o agronegócio hoje é responsável por uma grande parte da prosperidade deste país e é crucial que continue assim”, afirmou o presidente, ressaltando que o Brasil é responsável por alimentar quase 3 bilhões de pessoas na China e na Índia “e em várias outras partes do mundo”.

    Apesar de supostas críticas de que o governo concede mais vantagens ao agro do que à indústria, Lula afirmou que está em prática uma nova política industrial liderada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que também atua como ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, voltada a setores como siderurgia, naval, petroquímica, pequenos e médios empresários, entre outros.

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