sexta-feira, 5 julho, 2024
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    Lula menciona que direito de veto impediu tomadas de decisão do Brasil na ONU

    O país assumiu a presidência do Conselho de Segurança em outubro; a agenda foi dominada pelo conflito entre Israel e Hamas

    O chefe de Estado Luiz Inácio Lula da Silva (PT) expressou nessa sexta-feira (17.nov.2023) descontentamento com o poder de veto que os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) exerceram sobre as “propostas” apresentadas pelo Brasil durante a presidência do órgão. O mandato brasileiro terminou em 31 de outubro.

    “Durante o nosso período no Conselho de Segurança da ONU, o Brasil tem se empenhado incansavelmente pela paz. No entanto, as propostas são continuamente frustradas devido ao direito de veto”, afirmou Lula durante seu envolvimento na abertura da 2ª Cúpula Virtual Vozes do Sul Global.

    O Conselho de Segurança da ONU é o responsável por zelar pela paz internacional. O órgão conta com 5 membros permanentes: China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos. Fazem parte do conselho rotativo Albânia, Brasil, Equador, Gabão, Gana, Japão, Malta, Moçambique, Suíça e Emirados Árabes.

    A presidência do conselho é exercida de modo rotativo, com cada país ocupando o cargo por um mês.

    A liderança brasileira no Conselho de Segurança foi marcada pelo conflito entre Israel e o Hamas, que teve início em 7 de outubro. Durante o mandato, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, criticou a demora em aprovar uma resolução sobre o tema. Ele afirmou que a entidade vem “falhando vergonhosamente” em garantir o fim da guerra.

    Desde o início do conflito, o Conselho de Segurança já rejeitou a proposta do Brasil, dos Estados Unidos e duas sugestões da Rússia.

    Lula já expressou descontentamento com o conselho em várias ocasiões. Em 26 de agosto, por exemplo, declarou que o órgão “deveria ser de segurança, de paz e de tranquilidade”, mas que “faz a guerra sem conversar com ninguém”.

    Em 27 de outubro, Lula classificou o direito de veto dos membros permanentes do Conselho de Segurança como uma “insensatez”. A declaração foi feita após a rejeição da proposta brasileira sobre a guerra entre Israel e Hamas. A resolução obteve 12 votos a favor, 1 contra e duas abstenções, mas não foi aprovada devido ao veto dos Estados Unidos, membro permanente do órgão com direito a veto.

    O presidente renovou a defesa de uma reforma no Conselho para abrigar mais membros permanentes. Esse tema está na agenda de Lula desde seu primeiro mandato, mas não há atualmente perspectivas para uma mudança efetiva no órgão.

    CÚPULA

    Na manhã desta sexta-feira (17.nov), o presidente participou remotamente da abertura do evento. Lula foi convidado pelo primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, anfitrião da cúpula.

    Lula foi o segundo chefe de Estado a discursar, imediatamente após Modi. Além do Brasil, participam países como Bahrein, Egito, Guiana, Jamaica, Malawi, Moçambique, Nepal, Sérvia e Trinidad e Tobago.

    Durante seu discurso, Lula voltou a abordar a reforma das instituições internacionais. Ele afirmou que, para avançar em temas como a pauta climática e o desenvolvimento sustentável, é inevitável tratar da questão da reforma da governança global.

    “As tragédias humanitárias que estamos presenciando destacam a falência das instituições internacionais”, declarou o chefe do Executivo. Lula também apontou que essas instituições não refletem a realidade mundial e, por isso, perderam “efetividade” e “credibilidade”.

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