O presidente da Guiana, Irfaan Ali, compartilhou em seu perfil no X (ex-Twitter) neste sábado (9.dez.2023) que o país está “empenhado na pacificação da região”. Ele ressaltou também que não se opõe a dialogar com a Venezuela.
A declaração de Irfaan Ali foi feita na plataforma em questão menos de 30 minutos depois de o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, publicar em seu perfil no X (ex-Twitter) que a Guiana e a empresa ExxonMobil precisam “sentar e conversar” com o governo venezuelano.
A Venezuela também comunicou que optou pela via do diálogo direto com a Guiana, porém as autoridades do país sul-americano revogaram o Acordo de Genebra e “ameaçaram” ceder seu território para uma base militar dos Estados Unidos.
No dia 3 de dezembro, a Venezuela conduziu um referendo sobre a anexação da região de Essequibo, que representa 2/3 do território da Guiana. Mais de 95% dos eleitores aprovaram a criação de um Estado venezuelano chamado Guiana Essequiba no território que atualmente pertence ao país vizinho, de acordo com o governo Maduro.
A fala de Maduro também faz menção ao Acordo de Genebra, assinado em 1966. No tratado, o Reino Unido reconhece uma contenda pelo território. No mesmo ano, a Guiana alcançou sua independência e iniciaram as negociações diretas entre os 2 países a respeito da disputa territorial.