terça-feira, 2 julho, 2024
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    Mauro Cid nega ter sido forçado pela Polícia Federal e afirma que áudio foi “desabafo”


    O tenente-coronel Mauro Cid retrocedeu e rejeitou ter sido coagido pela Polícia Federal durante os depoimentos. O ex-assessor de Jair Bolsonaro (PL) foi convocado para dar explicações ao Supremo Tribunal Federal (STF), no início da tarde desta sexta-feira (22), depois que a revista Veja divulgou áudios nos quais ele critica o trabalho do ministro Alexandre de Moraes e da PF.

    O militar ratificou o conteúdo da colaboração premiada que assinou com a PF anteriormente. Nos áudios revelados pela revista, Cid alegou ter sido pressionado pela PF a relatar acontecimentos dos quais não tinha conhecimento ou que não ocorreram. Além disso, afirmou que Moraes possui uma “narrativa pronta” e estaria só esperando o momento oportuno para “prender todo mundo”.

    Durante o depoimento, Cid confirmou ser sua a voz presente nas gravações, porém destacou que se tratava de uma conversa “informal, privada, particular, sem intenção de ser exposta em uma revista de grande circulação”. O tenente-coronel afirmou que “pretende manter o acordo de colaboração premiada”, nos “exatos termos” em que foi estabelecido.

    Logo após o depoimento, Moraes determinou a prisão preventiva de Cid por obstrução de Justiça e desobediência às medidas cautelares. O ministro divulgou nesta noite a transcrição da ata do depoimento prestado por Cid para dissipar “qualquer dúvida” acerca da legalidade da delação.

    “Diante da necessidade de dissipar qualquer dúvida acerca da legalidade, espontaneidade e voluntariedade da colaboração de Mauro César Barbosa Cid, que confirmou integralmente os termos anteriores de suas declarações, torno pública a ata de audiência realizada para a oitiva do colaborador, no dia 22/3/2024, às 13h, na sala de audiências do Supremo Tribunal Federal, com a presença da Procuradoria-Geral da República e dos defensores”, escreveu Moraes na decisão.

    Cid diz que áudio foi “desabafo” em momento “sensível”

    Mauro Cid afirmou ter enviado a mensagem de áudio como um “desabafo”, mas não revelou quem seria o interlocutor. O militar disse que “não se recorda para quem dirigiu essas frases de desabafo, em um momento ruim”. Ele contou ao desembargador Airton Vieira – juiz instrutor designado por Moraes – que está enfrentando “dificuldades financeiras e familiares”.

    “Este mês de março, por conta da promoção, está mais sensível. Tudo o que disse foi um desabafo”, afirmou ao juiz instrutor. Cid mencionou ainda que sua “carreira está em declínio” e que “os amigos o tratam como pária, com receio de se prejudicar”. Ele destacou que “está recluso” e “ganhou mais de 10 quilos”.

    Conforme a transcrição do depoimento, Cid ressaltou que a colaboração foi feita por vontade própria e de forma espontânea. “Jamais houve induzimento nas respostas. Nenhum membro da Polícia Federal o pressionou a falar algo que não tivesse ocorrido”, afirmou o militar.

    O tenente-coronel afirmou que o áudio foi um desabafo “genérico, todos acabam dizendo coisas que não eram para serem ditas”. Questionado sobre quem teria a “narrativa pronta” na investigação, Cid disse que a PF segue uma linha de investigação e que ele apresentou sua versão dos fatos nos depoimentos. O militar frisou que nenhum policial o forçou a dizer algo que não tenha ocorrido.

    Prisão preventiva e colaboração

    Após a prisão, Mauro Cid passou por exame de corpo de delito no Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal. Ele foi encaminhado para o Batalhão da Polícia do Exército, em Brasília, onde permanecerá detido por prazo indeterminado.

    O acordo de colaboração firmado agora será reavaliado por Moraes, que poderá revisar o benefício acordado com a PF, especialmente a pena máxima de 2 anos de prisão. Já os termos da colaboração, com o que foi relatado até o momento à Polícia Federal, permanecem inalterados e não estão sujeitos a reavaliação por parte do ministro.

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