O representante federal Washington Quaquá (PT-RJ), que também é vice-líder nacional do partido, aumentou a aposta e declarou que pode agredir novamente quem alegadamente atacar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como fez na tarde de quarta (22) durante a cerimônia de promulgação da reforma tributária no Congresso Nacional.
Naquela tarde, legisladores da oposição estavam se manifestando contra a presença de Lula na cerimônia até que, em um momento específico, Quaquá deu um tapa no rosto do também deputado Messias Donato (Republicanos-ES) próximo à Mesa Diretora do plenário da Câmara.
Em um vídeo publicado nesta sexta (22) nas redes sociais, Quaquá afirmou que pode agredir novamente quem alegadamente atacar o presidente e que não teme perder o mandato se for julgado pelo Conselho de Ética da Câmara.
“Eu fui defender o presidente Lula, eles me agrediram e eu dei um tapa na cara daquele v*. Daria de novo e darei de novo se ofenderem o presidente Lula”, disse.
Ele afirmou que vai levar o caso à comissão e que vai convocar outros deputados aliados para defendê-lo. Quaquá afirmou que não vai fazer acordo para evitar uma eventual cassação.
Colaboradores afirmam que Quaquá poderia fazer um pacto com a oposição para não ter o mandato cassado e, por conseguinte, evitar a cassação de outro deputado que for acionado pela mesma agressão.
“Não farei acordo para salvar o meu mandato e salvar esses v*. Nós temos que votar para cassar esse v*”, completou.
Apesar do ato violento, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, relativizou a agressão e afirmou que “aquilo foi uma reação”, em que é preciso se “entender o contexto” em que ocorreu.
Segundo a militante, a reação de Quaquá ocorreu devido à agressão a Lula, que seria inédita no Congresso. “Não lembro de nenhuma ocasião em que um presidente da República tenha ido à Câmara e tenha sido tratado com tanto ódio e desrespeito como Lula foi tratado”, afirmou em entrevista.
“O desrespeito, a falta de compostura com que eles fizeram. […] Estamos todos os dias enfrentando essas situações na Câmara dos Deputados. Às vezes chega quase às vias de fato dessas pessoas nos agredirem. Tem sido muito difícil, e o que aconteceu em relação ao presidente foi muito forte”, completou.