segunda-feira, 1 julho, 2024
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    Ministro de Lula argumenta que interditar ‘saidinhas’ fortalece a criminalidade


    O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, defendeu a ideia de que a proibição das licenças temporárias de detentos é inconstitucional, prejudica a reintegração social e fortalece o crime organizado. O ministro afirmou que a restrição às chamadas ‘saidinhas’ vai de encontro às práticas internacionais de racionalização e alívio da pressão sobre o sistema penitenciário. A informação é da Folha de S.Paulo.

    O Presidente Lula vetou parcialmente a proposta que eliminava as permissões de saída e as manteve em ocasiões especiais para presos do regime semiaberto e por razões de estudo e trabalho. No entanto, a determinação presidencial pode ser revertida pelo Congresso, o que acarretaria no retorno das restrições.

    Almeida ressalta que a medida não colabora para a reintegração dos detentos, é contrária aos objetivos do sistema prisional brasileiro e amplia problemas já existentes. Para ele, o crime organizado apenas se beneficia, pois “obtém mais mão de obra”.

    “Isso vai de encontro à ideia de ressocialização, que é um dos propósitos explícitos na lógica do sistema penitenciário brasileiro”, afirmou Silvio Almeida em declaração enviada à Folha. “Essa medida somente contribui para desestabilizar um sistema que já enfrenta diversos problemas”, concluiu.

    Entidades apoiam postura de Almeida

    Algumas entidades expressaram conceitos semelhantes aos de Silvio Almeida. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) defendeu a permanência das saídas temporárias em datas festivas. A instituição argumenta que o sistema penal deve “priorizar a reinserção dos condenados e buscar promover uma justiça reconciliadora”.

    Bispos da CNBB concordam com postura de Silvio Almeida | Foto: Reprodução/Twitter

    Já o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) aprovou por unanimidade um parecer que considera inconstitucional o projeto de lei que eliminava as licenças temporárias. O órgão sustenta que tal medida seria “um retrocesso em termos de direitos humanos e dignidade humana”, o que dificultaria a reintegração dos encarcerados.

    Ministros como Ricardo Lewandowski, da Justiça, e representantes da Advocacia-Geral da União (AGU) também apoiaram o veto às alterações nas saídas temporárias de detentos. Em oposição, uma ala do governo, liderada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, defende um endurecimento das leis penais no país.

    Confira: “Ex-traficantes vão à Assembleia do RJ defender ‘saidinhas’”

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