terça-feira, 2 julho, 2024
spot_img
Mais

    Últimos Posts

    spot_img

    Monstro, drogas e suporte de Bolsonaro podem fazer direita voltar às ruas


    Com três protestos marcados para os dias 8 e 12 de outubro e 15 de novembro, manifestantes de direita tentam se organizar para voltar às ruas contra os julgamentos iniciados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que podem liberar o monstro até 12° semana de gravidez e descriminalizar o porte de drogas. Até o momento, não se sabe se o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) irá participar diretamente em qualquer desses atos, mas ele já deu suporte pelo menos a um dos protestos.

    “No próximo dia 12, em todo o Brasil, Movimento em Resguardo da Vida e Contra o Monstro. Nós respeitamos a vida desde a sua concepção. Não ao monstro!”, disse o ex-presidente em vídeo ao lado do senador Jaime Bagattoli (PL-RO).

    Em seguida perder a eleição para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Bolsonaro submergiu dos holofotes e passou três meses nos Estados Unidos. Ao voltar ao Brasil, em 30 de março deste ano, concentrou sua agenda em organizar a política interna do Partido Liberal, comandado por Valdemar da Costa Neto. O presidente procurou manter a unidade da {sigla} em votações importantes do Legislativo, porquê foi o caso da Reforma Tributária na Câmara dos Deputados.

    As manifestações das próximas semanas devem ter também o suporte, ao menos ideológico, de parlamentares da direita. Uma delas é a deputada Priscila Costa, relatora do projeto de lei que tramita na Câmara para impedir a liberação do monstro.

    “O ativismo judicial do STF vem atropelando a soberania popular. Uma vez que o Congresso Vernáculo silenciou para esses abusos por muito tempo, eles foram se sentindo ainda mais a vontade para invadir as competências do Legislativo. Agora, querem tocar em pontos sensíveis porquê legalização das drogas e do monstro, um tanto que a maioria da população brasileira rejeita”, disse Priscila.

    “Isso, naturalmente, gera desconforto no brasiliano e empurra, novamente, uma povaléu às ruas. No dia 12 teremos um termômetro da insatisfação do povo com o STF e meu presciência é que vai permanecer muito evidente de qual lado os brasileiros estão”, afirmou a deputada federalista.

    Bolsonaro ainda possui poder de mobilizar manifestações

    Bolsonaro apoiou aliados no lançamento de candidaturas para as eleições municipais neste ano. O ex-ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, deve disputar a prefeitura de João Pessoa, na Paraíba. Já o deputado federalista André Fernandes (PL-CE) irá disputar a prefeitura de Fortaleza.

    Uma carreata ocorrida na última sexta-feira (29), em Fortaleza, mostrou que o ex-presidente ainda tem força em reunir apoiadores. Ao chegar na capital do Ceará para participar de um evento do partido, ele foi recebido por uma povaléu de apoiadores que gritavam “Lula Ladrão”.

    “O que aconteceu ano pretérito só Deus explica, mas o porvir está em nossas mãos. Nós continuaremos fazendo história no Brasil”, disse Bolsonaro.

    Para o observador político Elton Gomes, professor na Universidade Federal do Piauí (UFPI), caso haja a participação de Bolsonaro nas ruas, as manifestações programadas para o dia 12 serão uma oportunidade para o ex-mandatário testar sua popularidade.

    “Essas manifestações do dia 12 têm um peso simbólico muito grande, já que serão realizadas no dia de Nossa Senhora Aparecida, a padroeira do Brasil. Você pode ter efetivamente alguns resultados: Bolsonaro pode evitar se comprometer com questões político-partidárias ou, por outro lado, ele pode aproveitar essa sintoma para mostrar seu poder e influência”, disse o professor.

    De consonância com Gomes, apesar de Bolsonaro estar inelegível, sua participação pode mostrar que ainda tem muito capital político junto ao eleitorado. “Isso pode se transcrever em poder de barganha no mundo político”, afirmou.

    O ex-chefe do Executivo se notabilizou por encher as ruas em manifestações ao longo de seu governo, porquê foi o caso do 7 de setembro de 2022. As motociatas promovidas nos Estados também davam grande destaque ao presidente e mostravam a força do ex-mandatário em mobilizar seus apoiadores. De consonância com registros de pedágios da Rodovia dos Bandeirantes, na motociata de 15 de abril do ano pretérito, foram registradas 3.703 motos.

    Segundo o observador político Antonio Henrique Lucena, docente na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), a falta de uma liderança eleitoral na direita, gerada pela inelegibilidade do Bolsonaro, pode ser um fator de impacto para as manifestações.

    “Desde a saída antecipada de Bolsonaro para os Estados Unidos, no final de dezembro do ano pretérito, a direita ficou um pouco perdida. Principalmente depois da inelegibilidade do ex-presidente. Isso termina gerando, obviamente, um determinado vácuo. A direita não conseguiu se proferir em torno de um novo nome. Não se sabe se o nome de Tarcísio, governador de São Paulo, ou de outra pessoa específica irá se solidar”, disse Lucena.

    Manifestações são da sociedade e dão ênfase a patriotismo

    Nas redes sociais, crescem as convocações para os atos do dia 12 de outubro. Movimentos porquê o “Nas Ruas” publicam sempre comunicados chamando os seguidores a protestarem contra monstro e legalização de porte de drogas. Analistas ouvidos pela reportagem reconhecem a valia de Bolsonaro para a alavancar as manifestações, mas ressaltam que o foco dessa vez será a própria sociedade.

    O deputado Diego Garcia (Republicanos – PR), vice-presidente da Frente Parlamentar Mista em Resguardo da Família e Pedestal à Vida, comenta que as manifestações do dia 12 são fruto da mobilização da sociedade social devido às decisões do STF.

    “As manifestações só acontecem diante desse atropelo que vem acontecendo por conta do Supremo Tribunal Federal às pautas que têm sido amplamente debatidas dentro do Congresso Vernáculo. Elas estão surgindo neste momento na sociedade social organizada por conta das pautas em debate. É o pavor que assola a sociedade de se cogitar a possibilidade de ter um cidadão na porta da escola dos nossos filhos, por exemplo, fumando e vendendo maconha.”

    A avaliação do parlamentar também é compartilhada pelo observador político Adriano Cerqueira, do Instituto Brasílico de Mercado de Capitais (Ibmec). Para o docente, as manifestações são um movimento procedente da sociedade.

    “Essa mobilização é independente de Bolsonaro. O ex-presidente soube captar o sentimento conservador que estava em incremento no Brasil, antes da sua eleição, e soube ser uma espécie de representante desse movimento conservador. Por outro lado, Bolsonaro não é a justificação desse movimento, ele é uma consequência. Com ou sem ele, essas manifestações vão intercorrer”, disse Adriano.

    Repercussões do 8/1 ainda assombram parlamentares de direita

    Diferentemente das manifestações do ano pretérito, parlamentares de direita próximos a Bolsonaro não tem demonstrado explicitamente que vão participar dos atos convocados. Uma vez que o monstro é um tema que está sendo discutido no Supremo, a leitura é que as críticas feitas pelos manifestantes no dia 12 possam ser branco de retaliações do ministro Alexandre de Moraes.

    Em suplente, um parlamentar o PL avaliou que o momento pede “cautela” por segmento dos manifestantes e dos deputados de direita. Com o julgamento dos réus do 8 de janeiro, que resultou em altas penas de prisão, a avaliação é que qualquer sintoma contrária ao Supremo seja tomada porquê “ataque à democracia” e resultar em processo e eventual prisão.

    spot_img

    Últimas Postagens

    spot_img

    Não perca

    Brasília
    céu limpo
    20.5 ° C
    20.5 °
    16.5 °
    49 %
    3.1kmh
    0 %
    qua
    26 °
    qui
    27 °
    sex
    27 °
    sáb
    28 °
    dom
    20 °

    13.59.76.213
    Você não pode copiar o conteúdo desta página!