sexta-feira, 5 julho, 2024
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    Moraes declara-se impedido em julgamento sobre confidencialidade de vídeo de tumulto em Roma


    O juiz do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes declara-se impedido e não irá participar do julgamento de dois recursos contra a confidencialidade imposta ao vídeo do tumulto em que se envolveu no Aeroporto Internacional de Roma. O evento ocorreu em julho de 2023, quando Moraes, que estava acompanhado de familiares, relatou ter sido hostilizado por três brasileiros.

    Os juízes analisam no plenário virtual se mantêm ou não a decisão do juiz Dias Toffoli, relator do caso, que retirou a confidencialidade dos autos, mas manteve limitado o acesso às imagens enviadas pelas autoridades italianas da suposta agressão.

    A Procuradoria-Geral da República (PGR) e a defesa da família Mantovani recorreram à Corte contra a limitação para acessar o material. A PGR também questionou a inclusão de Moraes como assistente de acusação no processo. Em outubro, Toffoli determinou que as partes só poderiam ver imagens dentro das dependências do STF, sem a possibilidade de fazer cópia.

    Até o momento, apenas o relator votou por rejeitar os recursos e manter sua decisão. O julgamento começou nesta sexta-feira (16) e está previsto para terminar na próxima semana.

    “O presente caso, nesse contexto, já se revela uma exceção à regra da confidencialidade durante as investigações, pois os autos são públicos. E, na espécie, a única restrição à mais ampla publicidade até agora imposta traduz-se na impossibilidade de copiar a mídia contendo cenas dos fatos, mas não de conhecer e examinar seu conteúdo de forma integral. Esta precaução, além de subjacente à preservação do elemento informativo com exames e perícia não exauridos, relaciona-se à preservação da imagem da vítima, dos investigados e de terceiros”, disse Toffoli.

    O relator argumentou que “o direito à vida privada” é um “direito fundamental de extraordinária preocupação”, sobretudo pela exposição nas redes sociais. “Por tais razões, entendo preponderar, no caso concreto e por ora, o direito à privacidade, intimidade e à imagem dos envolvidos e de terceiros, bem como o interesse das investigações, em detrimento da publicidade de determinado elemento informativo (ainda não submetido à análise de perito oficial, reitere-se)”, afirmou.

    Nesta quinta-feira (15), a Polícia Federal (PF) encaminhou ao STF o relatório final da investigação. A PF concluiu que concluiu que o empresário Roberto Mantovani Filho cometeu crime de “injúria real” contra o filho de Moraes. No entanto, o delegado Hiroshi de Araújo Sakaki decidiu não indiciar Mantovani, por se tratar de crime menor potencial ofensivo.

    Em nota, o advogado Ralph Tórtima Filho, responsável pela defesa da família Mantovani, afirmou que não teve acesso às imagens analisadas pela PF. Tórtima destacou que durante a investigação a família Mantovani foi submetida a excessos.

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