O senador Sérgio Moro (União Brasil) irá prestar testemunho ao Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) em um processo que irá sentenciar sobre a cassação do seu mandato.
A audiência está marcada para segunda-feira 16, às 13 horas, e será realizada por videoconferência. Correm contra o senador e os seus suplentes duas ações que poderão mudar o rumo da sua curso política.
Sérgio Moro, Luis Felipe Cunha e Ricardo Augusto Guerra respondem às acusações de agravo de poder econômico e político. Também consta entre eles a incriminação pelo uso indevido de meio de notícia social durante as eleições de 2022.
Uma das ações está sendo movida pelo Partido Liberal (PL), do ex-presidente Jair Bolsonaro. A outra foi proposta pela Federação Brasil da Esperança, que reúne o Partido dos Trabalhadores (PT), o Partido Comunista do Brasil (PC do B) e o Partido Virente (PV).
Presidido pela deputada federalista Gleisi Hoffmann (PT), o Fe Brasil ajudou a escolher o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Moro, quando juiz em Curitiba, condenou o político petista à prisão por crimes de depravação. As investigações ocorreram na trajetória da Operação Lava Jato.
Testemunhas
No mês de junho, o TRE optou por reunir as duas ações no mesmo processo. Relator do caso, o desembargador Dartagnan Serpa Sá explica que a participação na audiência on-line é opcional.
“Não há impedimento aos investigados de prestarem testemunho pessoal quando a isso se dispuserem”, ressaltou.
No dia 27 de outubro, testemunhas favoráveis ao ex-juiz serão chamadas para prestar depoimentos à justiça. Entre elas estão o ex-deputado federalista Deltan Dallagnol (Novo-PR) e o diretor do Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo.
O tarefa de Sérgio Moro no Senado Federal é válido até 2031. Mas, caso seja sentenciado pela Justiça Eleitoral, ele ainda poderá recorrer da decisão junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).