Nesta segunda-feira (25), a seleção verde e amarela treinará nas instalações do Real Madrid para se preparar para o amistoso contra a Espanha, na terça-feira (26), às 17h30 (de Brasília), no Santiago Bernabéu.
Será uma espécie de “reencontro” da equipe canarinho com o treinador Carlo Ancelotti, que comandará treino dos merengues pela manhã, enquanto o time amarelo e verde trabalhará na parte da tarde.
Nos últimos meses, o Brasil vivenciou uma verdadeira “novela” com Carletto, que era o nome favorito da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) para assumir o comando da seleção após a saída de Tite.
No entanto, após longas (mesmo!) conversas e muitos sinais incertos das duas partes, Ancelotti acabou renovando em 29 de dezembro do ano passado com o Real Madrid até 30 de junho de 2026, ampliando seu contrato que acabava ao final de 2023/24.
Com a “negativa” definitiva do italiano, a Confederação resolveu agir nos bastidores e fez uma série de alterações, começando com a saída do técnico interino Fernando Diniz, comunicada menos de uma semana depois da renovação de Carletto com os merengues.
Carlo Ancelotti durante entrevista coletiva do Real Madrid, em 15 de março de 2024 EFE/Real Madrid/JESÚS TROYANODesde então, diversas movimentações ocorreram nos corredores da CBF. Relembre a seguir as principais:
A ‘era Dorival’
Sem Carlo Ancelotti, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, resolveu “atacar” novamente o mercado brasileiro e partiu para cima de Dorival Júnior, então técnico do São Paulo.
As negociações foram ágeis, com o treinador aceitando o convite para a seleção e deixando o Tricolor de mãos atadas.
Em 10 de janeiro, apenas cinco dias depois da demissão de Fernando Diniz, Dorival foi oficializado como novo treinador do Brasil.
Ele assumiu uma equipe em crise, com péssima campanha nas eliminatórias da Conmebol, e tendo como principal objetivo reabilitar o time antes da disputa da Copa América 2024.
O São Paulo, por sua vez, acabou recebendo o valor da multa rescisória, de R$ 4,5 milhões, e contratou Thiago Carpini como substituto.
Dorival Júnior durante entrevista coletiva da seleção brasileira, em Londres EFE/EPA/ANDY RAINNovos ‘cartolas’
Na sequência, Ednaldo decidiu “sacudir” os bastidores da Confederação.
Com vários postos vagos, o presidente da CBF “promoveu” no futebol brasileiro e tirou dirigentes de alguns dos principais clubes do país.
O destaque foi Rodrigo Caetano, à época no Atlético-MG, que chegou em 16 de fevereiro para assumir o cargo de novo diretor das seleções masculinas.
Logo após, Ednaldo foi para cima do Palmeiras e “garimpou” o gerente de futebol Cícero Souza, anunciado em 5 de março como gerente geral técnico das seleções masculinas.
Posteriormente, a Confederação ainda confirmou a contratação de Sérgio Dimas, que estava no Botafogo-SP, para assumir o posto de novo supervisor das seleções masculinas.
Cícero Souza (centro) durante sua apresentação na CBF Lesley Ribeiro/CBFDorival ‘agita’ convocação
Em sua 1ª convocação, feita em 1º de março, Dorival Júnior já chegou causando impacto.
O treinador surpreendeu ao convocar diversos atletas do futebol brasileiro, como Endrick e Murilo, ambos do Palmeiras, e Rafael, do São Paulo.
Além disso, o comandante confirmou o retorno do meio-campista Lucas Paquetá, que estava afastado das convocações devido a investigações na Inglaterra por vínculo com apostas.
Posteriormente, Dorival precisou fazer alterações importantes devido a lesões entre os convocados. Corajoso, chamou atletas como Fabrício Bruno, do Flamengo.
O “impacto” do novo treinador foi imediato, e o Brasil derrotou a Inglaterra por 1 a 0 na estreia do treinador, no último sábado (23), em pleno Wembley.
Endrick (esq) e Murilo, do Palmeiras, em apresentação na seleção brasileira Rafael Ribeiro/CBFPróximos jogos da Nação
