O antigo chefe de estado Jair Bolsonaro (PL) tranquilizou seus seguidores, nesse dia de quinta-feira, 4. “Não se inquietem comigo”, declarou. “Optei por este rumo e sou feliz.”
Ele fez essa afirmação ao periódico Folha de S.Paulo após ser questionado sobre a Operação Venire, que investiga a suposta fraude no documento das vacinas contra a covid-19. A Polícia Federal (PF) também decidiu indiciar Bolsonaro no inquérito que investiga o assunto das joias sauditas.
Em relação às vacinas, os investigadores executaram mandados de busca e apreensão contra funcionários públicos de Duque de Caxias (RJ). Eles são acusados de viabilizar a inserção de informações falsas no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI).
Dentre os alvos da operação estão Washington Reis, secretário estadual de Transportes do Rio de Janeiro e ex-prefeito de Duque de Caxias (RJ); e Célia Serrano, secretária de Saúde do município da Baixada Fluminense.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, expressou que aguarda um retorno do Departamento de Justiça dos Estados Unidos acerca da entrada do ex-presidente em solo norte-americano com os certificados de vacinação.
A posição da defesa de Bolsonaro
No momento do indiciamento, a equipe jurídica de Bolsonaro lamentou a divulgação da investigação. Em seu depoimento, o ex-presidente negou ter ordenado a falsificação do documento.
O caso das joias
Quanto ao caso das joias sauditas, a PF enviou um relatório ao ministro Alexandre de Moraes, que é o responsável pelo caso no Supremo Tribunal Federal (STF).
Após a análise, o magistrado encaminhará o relatório para a Procuradoria-Geral da República (PGR) para que ela se pronuncie sobre o caso.
A PGR pode arquivar, aceitar ou solicitar mais evidências. Se der continuidade à ação, caberá ao STF decidir se os acusados se tornarão réus, se o caso será arquivado ou se será encaminhado para a primeira instância.