sexta-feira, 5 julho, 2024
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    Novo comandante das investigações do 8/1 promete aplicar “penalidades cabíveis” aos envolvidos


    O recém-empossado procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, que assumiu o posto em dezembro do ano anterior, assegurou nesta segunda (8) que se dedicará completamente para apurar as responsabilidades dos envolvidos nos incidentes de 8 de janeiro de 2023.

    A declaração foi feita precisamente no dia em que completa-se um ano dos fatos e quando o Ministério Público Federal (MPF) já formalizou acusações contra 1.413 pessoas supostamente ligadas aos acontecimentos. O órgão informa que dentre os acusados encontram-se aqueles que vandalizaram prédios públicos (248), instigadores (1.156), autoridades (8) e financiadores (1), todos com o propósito de destituir o presidente eleito.

    “Ao completar-se o primeiro ano dos acontecimentos que desafiaram diretamente a democracia, o Ministério Público Federal reafirma o compromisso de empenhar-se por completo para apurar responsabilidades pelo que ocorreu em 8 de janeiro de 2023, aplicar as medidas punitivas cabíveis e prevenir a repetição de comportamentos semelhantes”, afirmou Gonet.

    O julgamento dos réus dos incidentes de 8 de janeiro de 2023 teve início em setembro, cerca de oito meses após as invasões. Até o final do ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) condenou 30 pessoas apontadas pelo MPF como executores dos atos, com penas que variam de 3 a 17 anos de prisão e multa coletiva de R$ 30 milhões.

    O processo teve início no Plenário da Suprema Corte e posteriormente foi realizado de forma virtual, com os ministros aceitando praticamente todos os pontos apresentados pelo MPF nas denúncias.

    Segundo o MPF, os condenados foram detidos em flagrante durante a depredação dos prédios públicos, sendo a maioria (26) no Palácio do Planalto e dois no Senado Federal. Além disso, dois foram detidos na Praça dos Três Poderes e no Eixo Monumental, portando rojões, gás lacrimogêneo, facas e canivetes.

    Com média de idade de 46 anos, a maioria foi condenada por cinco crimes, incluindo associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Contudo, dois réus foram sentenciados apenas por dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado.

    Até o momento, ocorreram sete sessões de julgamento, tanto no plenário presencial quanto no virtual, entre setembro e novembro de 2023. Os julgamentos dos executores continuam no Plenário Virtual, com 29 pessoas em julgamento, prevendo encerramento em 5 de fevereiro após o recesso do Judiciário.

    Já entre os supostos instigadores, a maioria foi detida no dia seguinte aos acontecimentos no acampamento montado em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, respondendo por associação criminosa com pena de até quatro anos de prisão. Em dezembro de 2023, o STF homologou os primeiros Acordos de Não-Persecução Penal (ANPP) entre o MPF e 38 pessoas, com o pagamento de multa e prestação de serviços à comunidade, resultando na suspensão das ações penais.

    Pela primeira vez, o MPF formalizou acusação contra um suposto financiador responsável por fretar ônibus e apontado como participante de grupos virtuais que fomentavam os acontecimentos. Autoridades, incluindo oito agentes públicos, foram acusadas por omissão imprópria, com investigações em curso para apurar outros envolvidos.

    Nos julgamentos, o STF aceitou a tese do MPF de que os acontecimentos não foram isolados, mas tinham o objetivo comum de destituir o presidente eleito. O relator, ministro Alexandre de Moraes, destacou a premeditação dos acontecimentos, ressaltando a coordenação desde a divulgação do resultado das eleições presidenciais de 2022 até as invasões.

    Entre as provas, diz o MPF, estão registros fotográficos, vídeos, materiais lesivos, documentos de inteligência, autos de prisões em flagrante e depoimentos, indicando adesão ao movimento e ações coordenadas.

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