sexta-feira, 5 julho, 2024
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    O encargo escondido das seleções diárias | custo implícito escolhas comuns | custo de oportunidade | seleções cotidianas


    Artigo adaptado do inglês publicado pela filial americana do Epoch Times.

    O custo de oportunidade consiste no que é renunciado ao escolher uma opção em detrimento de outra.

    Em diversas situações, o cálculo é simples e as consequências são reduzidas. Por exemplo, você pode preferir um milkshake de chocolate em vez de um de baunilha. Mesmo que essa escolha seja feita repetidamente, isso não afetaria de forma significativa o desenrolar de sua vida. Você está trocando apenas um prazer imediato por outro, sem que isso o direcione para uma trajetória específica – sempre há a possibilidade de reverter essa escolha na próxima vez.

    Analisando as alternativas

    Economistas utilizam o conceito de custo de oportunidade para auxiliar indivíduos e grupos a decidir entre opções complexas. O custo de oportunidade de financiar um projeto, como plantar 1.000 árvores, corresponde ao valor do próximo melhor projeto que ficará sem financiamento – talvez a construção de um jardim comunitário.

    Ao considerar todos os benefícios a longo prazo do caminho não escolhido, as pessoas conseguem perceber que toda decisão no mundo real tem um encargo – ou seja, o valor que está sendo deixado de lado. Quando comparamos esses valores lado a lado – o valor de nossa escolha inicial em relação ao valor da próxima melhor alternativa – podemos determinar qual troca faremos.

    A existência do custo de oportunidade não implica em encarar nossas decisões de forma negativa. Caso os benefícios do caminho escolhido superem o custo de oportunidade, então tomamos uma boa decisão, pois o ganho líquido é positivo.

    Há outro ponto crucial quando se trata de custo de oportunidade, que toca exatamente no motivo pelo qual escrevi este texto. O custo de oportunidade de qualquer decisão frequentemente parece ser insignificante. Vejamos alguns exemplos:

    • Auxiliar um amigo na mudança de residência ou permanecer em casa realizando suas próprias tarefas.
    • Assistir a um programa de TV ou pegar um livro para ler.
    • Ligar para um dos pais durante uma caminhada ou ouvir um podcast.
    • Comer um biscoito ou uma fruta.
    • Devolver um objeto ao seu lugar ou deixá-lo sobre o balcão.
    • Adquirir algo novo e superior ou contentar-se com o que já possui.
    • Reagir com irritação ou responder com paciência.


    Ao analisar cada decisão isoladamente ou como uma exceção, é fácil justificar a escolha da gratificação imediata em detrimento do caminho que melhor reflete seus valores.

    Uma percepção que me auxiliou foi notar queEssas resoluções nunca são tomadas de forma isolada. Quando opta pelo caminho da complacência, impaciência ou egocentrismo, fica mais simples repetir essa conduta no futuro.

    Diante disso, uma abordagem mais eficaz para ponderar as escolhas seria questionar a si mesmo: Se a decisão que está tomando hoje se tornasse sua decisão padrão daqui para frente, qual optaria? Abordar o questionamento dessa maneira amplia o custo de oportunidade em todos os desdobramentos futuros e, ao realizar isso, auxilia a mensurá-lo em uma escala temporal de meses e anos.

    O espectro das opções

    O peso do custo de oportunidade torna-se palpável ao compreender que não está apenas efetuando uma escolha singular – está realizando uma escolha que influenciará todas as decisões subsequentes:

    • Não está somente declinando o convite de um amigo hoje – está enfraquecendo o valor e a proximidade dessa amizade.
    • Não se limita a assistir a um programa de televisão – está desperdiçando a oportunidade de promover seu desenvolvimento intelectual.
    • Não está simplesmente deixando de telefonar para sua mãe – está permitindo que a distância entre vocês aumente.
    • Não está apenas saboreando um biscoito – está comprometendo sua saúde e propensão a ganhar peso.
    • Não se limita a deixar um objeto sobre a bancada – está optando por viver em um ambiente desordenado.
    • Não está apenas sucumbindo a um gasto impulsivo nesta ocasião – está abdicando de melhores formas de investir, gastar ou destinar esse dinheiro futuramente.
    • Não consiste apenas em ser impaciente e irritadiço hoje – está se tornando o tipo de pessoa que será complexo modificar à medida que prosseguir por esse rumo.

    Observada sob essa ótica, cada escolha assume um pouco mais de relevância.

    O verdadeiro custo de oportunidade refere-se ao tipo de pessoa que evitará se tornar caso persista nessa escolha de forma contínua. Pode argumentar consigo mesmo que é apenas uma ocasião – uma exceção. Mas será mesmo? Quantas vezes prometeu a si mesmo que faria algo no dia seguinte e, quando o dia seguinte chega, ainda não sente disposição para realizá-lo?

    Por quanto tempo visualiza tornar-se um determinado tipo de pessoa, adotando um conjunto específico de valores e virtudes? E por que esse momento ainda não chegou? Provavelmente tem se enganado ao avaliar somente o custo de oportunidade dessa única escolha. Sugiro que considere que cada decisão possui mais importância do que imagina. De fato, é válido presumir que a escolha de hoje será sua seleção padrão daqui para frente.

     

    © Direito Autoral. Todos os Direitos Reservados ao Epoch Times Brasil 2005-2024

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