O principal indicador das ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), o Ibovespa, encerrou o início da negociação de 2024 com uma queda expressiva de 1,11%, atingindo 132.696 pontos nesta terça-feira, 2.
O índice regressou ao nível de 21 de dezembro de 2023, antes de alcançar níveis máximos, como o registrado em 27 de dezembro, de 134.194 pontos.
Os analistas destacam que os mercados estão passando por um ajuste à espera dos próximos dados econômicos dos Estados Unidos.
Essas informações são cruciais para dar indícios sobre a direção que a taxa de juros seguirá no país. Uma perspectiva de queda na taxa norte-americana favorece os investimentos em ativos de renda variável, como as ações na bolsa.
Se a previsão for de manutenção ou aumento dos juros nos Estados Unidos, o movimento nas bolsas será de baixa.
Principais valorizações e desvalorizações do Ibovespa
Nesta terça-feira, 2, os títulos do Tesouro norte-americano, as Treasuries, tiveram valorização. Esses papéis com vencimento em dez anos passaram a render 3,94% ao ano, em comparação com os 3,89% da cotação anterior. Esse aumento acaba atraindo recursos que poderiam ser investidos em ações ao redor do mundo.
Na B3, poucos títulos tiveram alta. Destaque para a CSN Mineração, com um avanço de 1,51%.
Já a maior queda da sessão foi da Azul, que teve uma retração de 7,93%. Outras ações de grande relevância também apresentaram um recuo, como as da Vale (-0,18%), Itaú (-1,43%) e Bradesco (-1,81%).
Entre as grandes empresas que compõem o índice, também conhecidas como “blue chips”, poucas tiveram valorização. Uma delas foi a Petrobras, com um aumento de 1,10%, como resultado da elevação da cotação do petróleo no mercado internacional.
Dólar
O dólar encerrou com um acréscimo de 1,28%, cotado a R$ 4,914, também impulsionado pela valorização dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos. No último pregão de 2023, a moeda norte-americana também apresentou um aumento, subindo 0,41%, para R$ 4,852. Ao longo do ano passado, a cotação teve uma queda de 8%.