A semana foi marcada por grande instabilidade no mercado nacional de soja. Enquanto os contratos futuros subiram em Chicago, o dólar teve uma queda em relação ao real.
Houve movimentação moderada, com os produtores aproveitando os picos de Chicago. O clima irregular no Brasil foi o ponto central de atenção em todas as movimentações.
Os valores nas principais praças brasileiras encerraram a semana da seguinte forma:
- Passo Fundo (RS): R$ 147
- Região das Missões: R$ 146
- Porto de Rio Grande: R$ 153
- Cascavel (PR): R$ 134
- Porto de Paranaguá (PR): R$ 144
- Rondonópolis (MT): R$ 126
- Dourados (MS): R$ 126
- Rio Verde (GO): R$ 127,50
Os prêmios aumentaram, com os negociadores acrescentando risco climático. Segundo levantamento de Safras & Mercado, o plantio está atrasado em 68,2% da área no Brasil. Há excesso de chuva no Sul e falta no Norte do cinturão produtor.
Mercado em Chicago
As apreensões com o andamento dos trabalhos no Brasil sustentaram a Bolsa de Chicago. Os contratos de soja em grão com entrega em janeiro encerraram com queda de 20,00 centavos, a US$ 13,40 1/4 por bushel.
Já a posição de março teve cotação de US$ 13,56 1/2 por bushel, com perda de 18,50 centavos de dólar, ou 1,34%, em comparação com o dia anterior.
Outro fator influente nos preços, o câmbio pressionou as cotações. A melhoria no ambiente externo impulsionou a moeda norte-americana e agiu de forma contrária ao efeito positivo de Chicago.
Soja na Argentina
O Ministério da Economia da Argentina, por meio da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca, estima o plantio de 16,6 milhões de hectares de soja no país em 2023/24.
O volume é 0,6% superior aos 16,5 milhões de hectares previstos no relatório de outubro. Na campanha 22/23, foram 16 milhões de hectares. A produção na temporada passada totalizou 25 milhões de toneladas.
A área prevista para o plantio de soja deve aumentar devido à umidade do solo e preços favoráveis. O plantio acelerou após chuvas recentes, enquanto áreas menos chuvosas aguardam melhores condições de umidade.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão de sexta-feira em alta de 0,73%, sendo negociado a R$ 4,9053 para venda e a R$ 4,9033 para compra. Na semana, o dólar acumulou queda de 0,18% em relação ao real.