terça-feira, 2 julho, 2024
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    O que vulcânos de Marte podem indicar sobre o passado terrestre


    Parece que os vulcânos de Marte conseguem revelar muitas informações sobre o passado da Terra. Uma pesquisa conduzida por Joseph Michalski, da Universidade de Hong Kong, demonstrou que as características da superfície marciana indicam que os vulcânos presentes por lá podem evidenciar as características que existiam na Terra antes da formação das placas tectônicas.

    As placas deslizam sobre o manto viscoso do nosso planeta, mas em Marte, isso é bem distinto. O planeta costuma ser considerado um mundo formado por uma única placa, a qual já teve vulcânos ativos. O maior deles é o Olympus Mons, que tem volume 100 vezes maior que o mais alto vulcão da Terra.  

    Os autores observam que, apesar de grande parte da crosta de Marte ter crateras deixadas por impactos, muitos dos registros geológicos do planeta permanecem intactos. Por isso, o Planeta Vermelho é como uma verdadeira janela para as condições do Sistema Solar primordial, representando também o início da evolução da crosta. 

    Para o estudo, eles trabalharam com a região Eridania, conhecida por ter crosta altamente magnetizada e sinais de que abrigou um possível oceano. Com dados orbitais, os pesquisadores descobriram quatro diferentes tipos de vulcânos por lá, que parecem ter sido formados em um período de alta atividade geológica, há 3,5 bilhões de anos.

    A região de Eridanis é marcada por pedaços de crosta torcida e dobrada, e as bacias existentes por lá sugerem que, talvez, Marte já tenha sido coberto por alguma formação precursora das placas tectônicas. É possível que ali existam centenas de outros vulcânos, e muitos deles podem ter entrado em erupção sob um oceano antigo.

    Se confirmado, este cenário poderia ser comparado àquele da Terra durante o chamado Período Arqueano. Na época, nosso planeta era vastamente coberto por oceanos, e foi também quando as formas de vida primordiais surgiram. “Ver uma paisagem marciana moldada por esses processos e preservada nos dá uma grande oportunidade de investigar a evolução da paisagem planetária em mais detalhes”, descreveu o autor Aster Cowart. 

    O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista Nature Astronomy. 

    Fonte: Nature Astronomy; ScienceAlert

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