sexta-feira, 5 julho, 2024
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    O ruído calado: 80% das necessidades de audição não são satisfeitas 


    Estudiosos australianos ressaltaram a relevância de proteger nossa capacidade auditiva, com cerca de 1,5 bilhão de indivíduos em todo o globo sofrendo de redução na audição, apesar da expectativa de vida mais alongada.

    A análise da Universidade Macquarie chama a atenção para a crescente ligação entre a exposição ao barulho e a diminuição da audição, em meio ao crescimento da poluição sonora proveniente de diferentes fontes, como vias movimentadas, ambientes profissionais ruidosos e locais com níveis elevados de som, como explosões e tiros, além dos ruídos constantes de equipamentos pesados ou ferramentas elétricas.

    Eles defendem medidas preventivas, como o uso de protetores auriculares ou auscultadores com cancelamento de ruído, a diminuição do volume em dispositivos de áudio pessoais e a busca por avaliações auditivas regulares.

    Essa iniciativa coincide com o relatório da Organização Mundial da Saúde, que aponta que mais de 80% das carências globais de cuidados com os ouvidos e a audição seguem sem atendimento, em parte devido a percepções equivocadas e ao estigma social em torno da diminuição da audição.

    Um dos sinais mais precoces e comuns de redução auditiva é o tinido, uma condição caracterizada pela percepção de sons que não possuem uma fonte externa.

    Frequentemente descrito como um barulho de zumbido, ou chiado nos ouvidos, o tinido pode influenciar de forma expressiva a qualidade de vida. Embora esteja principalmente associado à redução auditiva, também pode originar-se de níveis elevados de tensão ou traumas físicos e emocionais.

    A gestão do tinido envolve uma abordagem abrangente, incluindo terapia sonora, modificações no modo de vida e terapia cognitivo-comportamental, para auxiliar os pacientes a gerirem seus sintomas de forma mais eficaz.

    Entretanto, o Dr. Matthieu Recugnat, da Universidade Macquarie, explica que o tinido é mais complexo devido às diferentes percepções e vivências das pessoas.

    “Os estudiosos estão em busca de uma cura para o tinido, mas a pílula que fará ele desaparecer não existe”, disse ele.

    De modo geral, a diminuição auditiva não é uma condição única, mas um espectro de distúrbios que afeta milhões de pessoas globalmente.

    Conforme informações fornecidas pela Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins, existem três tipos principais de redução auditiva: condutiva, sensorioneural e mista.

    A diminuição auditiva condutiva ocorre quando os sons têm dificuldade em se deslocar eficazmente pelo canal auditivo até o tímpano e os ossículos minúsculos do ouvido médio.

    A diminuição auditiva sensorioneural, a forma mais comum, surge de problemas no ouvido interno ou no nervo auditivo, frequentemente devido a danos nas células ciliadas da cóclea.

    A diminuição auditiva mista combina danos tanto condutivos quanto sensorioneurais.

    “Tratamentos médicos podem representar riscos para a saúde auditiva” – alertam especialistas

    Embora a tecnologia de implante coclear se destaque como a prótese ativa mais eficaz na área da saúde, ainda existem medidas que indivíduos de todas as idades podem adotar para preservar a audição. O Dr. Recugnat aconselha as pessoas a serem mais atentas à sua audição. “As células

    Os órgãos auditivos são muito sensíveis e as células em seus ouvidos – a cóclea – são uma das células no corpo que não se renovam uma vez perdidas. Você não pode fazê-las crescer novamente, é necessário ter atenção a isso”, afirmou.

    Uma revisão de 72 estudos conduzida pela professora Bamini Gopinath, líder da Equipe de Pesquisa em Audição da Macquarie, revelou que os fatores de risco relacionados à área médica foram responsáveis pela maior taxa de deficiência auditiva.

    Mais de 55% das pessoas submetidas a tratamento contra o câncer, incluindo radioterapia e quimioterapia combinadas, desenvolveram perda de audição.

    “Ainda não se compreende bem o que na radioterapia pode resultar em perda auditiva, mas é possível que a radiação danifique os componentes delicados do ouvido”, afirmou a professora Gopinath.

    Além disso, aproximadamente metade daqueles que receberam prescrição de antibióticos potentes para doenças como tuberculose e pneumonia apresentaram diminuição da audição, de acordo com o estudo.

    A professora Gopinath ressalta a importância de desenvolver medicamentos menos prejudiciais. “Ao tratar infecções, os clínicos devem sempre considerar alternativas menos tóxicas, se disponíveis”, disse ela.

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