O chefe da Secretaria de Comunicação (Secom), Paulo Pimenta, criticou neste sábado (4 de novembro de 2023) as declarações do jornalista Jorge Pontual, da GloboNews, acerca do conflito entre Israel e Hamas. Ele acusou o analista da emissora de ter uma “atuação manipuladora e covarde em relação à guerra no Oriente Médio”.
“É inaceitável, vergonhoso e assustador. O comentarista Jorge Pontual, da GloboNews, tem se destacado por adotar uma postura manipuladora e covarde diante da guerra no Oriente Médio. É uma coisa condenar os atos terroristas, as mortes e os sequestros de civis israelenses. Outra coisa é justificar as atrocidades, o genocídio e a morte indiscriminada de milhares de crianças e inocentes palestinos”, afirmou Pimenta no X (anteriormente conhecido como Twitter).
O ministro compartilhou na postagem um trecho com duração de 1 minuto e 47 segundos de um comentário feito por Pontual no programa Em Pauta da emissora, na sexta-feira (3 de novembro). Na ocasião, o comentarista de 75 anos afirma que a situação do conflito é “complexa”, mas que “atacar os combatentes do Hamas é um direito de Israel”.
O comentarista estava se referindo ao bombardeio a um comboio de ambulâncias ocorrido do lado de fora do Hospital Al-Shifa, no bairro de North Rimal, em Gaza, que resultou em 15 mortes e pelo menos 50 feridos, incluindo membros das equipes médicas das ambulâncias.
Em comunicado, as IDF (Forças de Defesa de Israel, em inglês) confirmaram a autoria do ataque e declararam que uma “célula terrorista do Hamas foi identificada usando uma ambulância”.
Ele respondeu que não irá comentar as declarações do jornalista e que cada um tem o direito de expressar sua opinião. Não deu resposta sobre as declarações do ministro até a publicação deste texto.
Sendo ministro da Secom do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Pimenta tem a responsabilidade pelo relacionamento do governo com veículos de mídia. Em entrevista no programa Roda Viva, da TV Cultura, Pimenta afirmou que o seu partido e o de Lula, o PT, “jamais teve ligação com o Hamas” e apoia um Estado da Palestina como “solução definitiva” para o conflito no Oriente Médio.