O incêndio na Refinaria Abreu e Lima, em Ipojuca, Pernambuco, nesta quinta-feira, 25, resultou em quatro trabalhadores feridos, desencadeando uma resposta da Federação Única dos Petroleiros (FUP).
A federação responsabiliza a terceirização de alguns setores pelo acidente, apontando para a grande presença de trabalhadores terceirizados na refinaria (2,5 mil), em contraste com os 500 funcionários diretos da empresa.
“A gestão atual da Petrobras precisa reconsiderar esse modelo arriscado”, afirmou Deyvid Bacelar, coordenador-geral da FUP, enfatizando a necessidade de contratação de técnicos de segurança e manutenção por meio de concursos públicos.
De acordo com Sinésio Pontes, coordenador-geral do Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro PE/PB), o acidente está ligado à suposta política de desinvestimento na Refinaria Abreu e Lima, o que, segundo ele, aumenta os riscos na operação e manutenção dos equipamentos, podendo resultar em acidentes fatais, como a morte de um trabalhador terceirizado em 2021.
Em 2014, os investimentos totalizavam US$ 2,4 bilhões e diminuíram para US$ 1,4 bilhão em 2022.
Uma chama que não se apaga. A expansão da RNEST vai levar mais empregos para o Nordeste e garantir mais combustíveis sustentáveis para o Brasil. pic.twitter.com/AFgJcoNcUc
— Petrobras (@petrobras) January 18, 2024
A Razão do Acidente na Abreu e Lima
De acordo com informações oficiais da refinaria, o acidente no tanque de petróleo na quinta-feira foi causado por uma fagulha. O Sindipetro PE/PB sugeriu que os trabalhadores, que são empregados terceirizados da prestadora de serviços QWS, estavam realizando um trabalho de caldeiraria no teto do tanque, o que poderia ter gerado a “fagulha”.
“Essa possibilidade será esclarecida na investigação realizada com a participação do Sindipetro PE/PB e da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)”, explicou Pontes.
Um dos quatro trabalhadores feridos no acidente recebeu alta, e os demais permanecem em estado estável, segundo a FUP.
