terça-feira, 2 julho, 2024
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    Os motivos por trás da crise de audiência das novelas da Globo

     

    A Globo, emissora líder de audiência, tem enfrentado uma crise de audiência em suas novelas. As produções Elas por Elas, Fuzuê e Terra e Paixão têm sofrido com médias de ibope estagnadas, mesmo com mudanças em suas histórias. A novela atual das 18h, Elas por Elas, estreou em 25 de setembro e tem uma média de 16 pontos na Grande São Paulo, com dias em que registrou 14. Exibida às 19h, Fuzuê tem média de 20 pontos, três a menos do que sua sucessora, Vai na Fé. Já a trama das 21h, Terra e Paixão, conseguiu aumentar a audiência baixa deixada por Travessia no horário nobre, subindo de 24 para 26 pontos a média do horário. No entanto, a história rural protagonizada por Barbara Reis e Cauã Reymond não superou os 30 pontos em nenhum capítulo até agora.

    Cada produção apresenta um problema. O remake contemporâneo e alto-astral de Elas por Elas, escrito por Thereza Falcão e Alessandro Marson — da história originalmente criada por Cassiano Gabus Mendes — seria mais adequado para a faixa das 7. No entanto, por um planejamento equivocado da Globo, a novela foi exibida na faixa das 6. Esse horário costuma ser mais propício para romances de época ou espíritas. Foi o caso de novelas como Cordel Encantado (2011), Além do Tempo (2015) e Êta Mundo Bão! (2016) e até sua antecessora, Amor Perfeito. Apesar de ter enredos bem desenvolvidos para suas sete protagonistas e um tom cômico certeiro com personagens como Mário Fofoca (Lázaro Ramos), a novela não consegue criar uma conexão com seu público acostumado a histórias açucaradas mais tradicionais.

    A novela das 7, Fuzuê, escrita por Gustavo Reiz, é uma produção alegre e caótica que faz jus ao seu nome. Com cores vibrantes e atuações exageradas, a novela não consegue desenvolver bem nenhum dos temas que tenta misturar: romance, mistério e comédia. Segundo uma pesquisa feita pela emissora com o público, o mistério da novela — uma busca por um tesouro — é desinteressante. Apesar de o casal protagonista e a vilã carismática Preciosa (Marina Ruy Barbosa) serem cativantes, eles não têm sido suficientes para alavancar a audiência. A produção está tentando acelerar a trama e aumentar as chamadas que explicam a história na grade de programação para virar o jogo nos bastidores.

    O folhetim rural das 21h, Terra e Paixão, ainda consegue sustentar seu posto no horário nobre, mas dá a impressão de que vive por um fio. O problema da novela de Walcyr Carrasco, que ganhou o reforço de Thelma Guedes no meio do caminho, é semelhante ao de sua antecessora, Travessia. A mocinha Aline de Barbara Reis não tem história para contar e perde espaço para os dramas de sua rival. As reviravoltas inseridas na trama para movimentá-la pouco têm a ver com a protagonista. A chegada de novos personagens como Agatha (Eliane Giardini), Helio (Rafa Vitti) e Emengarda (Claudia) não tem relação com a mocinha, que ainda está tentando prosperar com sua terra vermelha há 150 capítulos.

    Apesar de contar com atores talentosos como Tony Ramos (Antônio La Selva), Gloria Pires (Irene) e outros, a história liderada por Aline, que busca superar a morte do marido no início da trama, não tem o mesmo apelo e brilho que a vingança de Clara (Bianca Bin) em O Outro Lado do Paraíso (2017). Não se sabe se a Globo tem algum plano efetivo para resolver os problemas ou se a emissora se contentará com o novo padrão de audiência.

     

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