sexta-feira, 5 julho, 2024
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    Parasita em olho de mulher pode ter vindo de carne de jacaré


    Oculistas encontraram um parasita que estava se desenvolvendo no olho de uma jovem congolesa por dois anos. A espécie pode ser transmitida de répteis para seres humanos, e os médicos apontaram a carne de jacaré como origem da contaminação. Um artigo sobre o caso foi divulgado no JAMA Ophthalmology.

    Compreenda:

    • Uma jovem congolesa conviveu dois anos com um parasita crescendo em seu olho esquerdo;
    • Ao realizar exames, médicos identificaram uma massa no canto do olho e, por meio de cirurgia, constataram que se tratava de um pentastomídeo da espécie Armillifer grandis;
    • Os Armillifer normalmente depositam ovos nas vias respiratórias de cobras, que são liberados para o meio ambiente e ingeridos por roedores ou outros pequenos mamíferos – esses, por sua vez, são predados por cobras;
    • A ingestão de água ou alimentos contaminados – como carne de cobra – pode resultar na infecção pelo parasita;
    • A mulher negou ter consumido carne de cobra, mas costumava se alimentar com carne de jacaré – que também pode servir como hospedeiro de pentastomídeos;
    • Um artigo sobre o caso foi divulgado no JAMA Ophthalmology.
    (Imagem: JAMA Network / American Medical Association)

    A mulher apresentava um tipo incomum de infecção conhecido como pentastomíase ocular, causada por parasitas denominados pentastomídeos. No caso da jovem, um parasita se situou sob a conjuntiva – película externa transparente – do olho esquerdo, onde cresceu até atingir cerca de 10 milímetros de comprimento.

    Parasita frequente em cobras pode se alojar em jacarés

    Além da presença de uma massa no canto do olho, a paciente não apresentou outros sintomas. Após um exame que evidenciou que a massa era móvel, os médicos a retiraram cirurgicamente, encontrando uma larva esbranquiçada com formato de “C”. Análises posteriores indicaram que o parasita pertencia a uma espécie chamada Armillifer grandis.

    Na etapa final de seu ciclo de vida, os Armillifer utilizam cobras como hospedeiros, depositando ovos em suas vias respiratórias. Os ovos saem dos pulmões e saem das cobras pela boca ou pelo trato digestivo. Libertos no ambiente, os parasitas são ingeridos por roedores ou outros pequenos mamíferos, transformando-se em larvas nos hospedeiros – que, posteriormente, são consumidos por cobras.

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    (Imagem: Alauddin Abbasi/Shutterstock)

    A contaminação pelo A. grandis em humanos pode ocorrer pela ingestão de água ou alimentos contaminados com ovos do parasita, explicam os médicos. A paciente negou ter comido ou manuseado cobras, mas tinha o costume de consumir carne de jacaré. “Nenhum caso de infecção ocular por Armillifer foi relatado em indivíduos que consomem carne de jacaré, mas os jacarés podem ser infectados por pentastomídeos”.

    A doença é muito rara quando se manifesta por meio de infecções oculares, mas devido aos seus sintomas, ela é um pouco mais fácil de ser identificada. O tratamento envolve a remoção cirúrgica dos parasitas, já que, como afirma a equipe, o uso de medicamentos antiparasitários pode provocar uma resposta imunológica perigosa no organismo humano.



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