terça-feira, 2 julho, 2024
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    Parlamentares de orientação política conservadora formam coalizão para exigir ações de Tarcísio de Freitas

    Um grupo composto por quatro parlamentares de viés conservador na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) foi constituído pela própria base que apoia o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) com o objetivo de supervisionar e demandar ações por parte do Governo Estadual.

    De acordo com os legisladores, certos temas considerados prioritários para a orientação política conservadora têm sido negligenciados pela administração estadual, além do fato de que o governador de São Paulo estaria fazendo gestos que eles consideram “excessivos” em direção a representantes políticos de esquerda.

    Os fundadores dessa coalizão informal são todos membros do Partido Liberal: Tenente Coimbra, Major Mecca, Gil Diniz e Lucas Bove. O grupo deverá contar com a participação de 10 a 12 parlamentares, o que o tornará a terceira maior bancada da Alesp, ficando atrás apenas do PL e do PT, que possuem 19 deputados cada.

    Segundo apuração realizada, uma parcela dos parlamentares de orientação política conservadora em São Paulo está descontente com projetos que o governador tem deixado em segundo plano. Também há insatisfação com a maneira como o Governo Estadual está lidando com os deputados que se identificam como pertencentes à “direita tradicional”.

    “A valorização de certos temas que estão sendo negligenciados e de alguns espaços que deputados do PSDB estão ocupando. Uma voz individual é mais fraca do que uma voz coletiva. Alguns desses temas já deveriam ter sido abordados, como a implantação de escolas cívico-militares”, destaca o deputado estadual Tenente Coimbra.

    Na opinião do parlamentar, “todos se tornaram base do governo e alguns são parte da base apenas para usufruir das vantagens. Com isso, algumas vozes estão se destacando. Nós representamos as vozes da base com pautas ligadas a valores tradicionais, não podemos perder nossa coerência. Trata-se da união dessas vozes, incluindo de outros partidos, para ter uma posição mais sólida dentro da Assembleia, sempre respeitando o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o governador Tarcísio”, afirma Coimbra.

    “Nós representamos a base, mas não somos subservientes. Se surgir um projeto com o qual não concordamos, não será apenas um deputado em oposição. Serão 10 e certamente não será aprovado”.    

    Ele ressalta que os parlamentares devem continuar votando em consonância com o governo. “Não se trata de um grupo de oposição, muito pelo contrário: nossa taxa de alinhamento com o governo é maior do que a do próprio Republicanos. Os quatro deputados participam de todas as votações”, destaca Coimbra.

    O deputado estadual Gil Diniz esclarece que o grupo irá apoiar a privatização da Sabesp e a reforma administrativa, porém se posiciona contrariamente a outras iniciativas propostas por Tarcísio. “Nós apoiamos esses projetos (privatização da Sabesp e reforma administrativa), não estamos aqui para obstruir o governo. Ontem mesmo comparecemos para votar o projeto de ICMS, todos esses quatro deputados, mas o governo não conseguiu atingir o quórum necessário, ou seja, quem está sabotando Tarcísio não são os bolsonaristas”.

    “Nesta semana, o governador mencionou a pauta racial. Não abordamos nada disso na campanha e decidimos manifestar nossa posição porque estamos sendo cobrados pelos nossos eleitores e essa não é nossa pauta.”

    Diniz acrescenta que o propósito é fazer uma crítica construtiva à gestão do governador. “Ele precisa de nosso apoio na aprovação dos projetos. Ele deseja agradar a esquerda. Nós também queremos sinalizar para nosso eleitorado. Criamos uma força independente na Alesp”, reforça ele.

    Outro parlamentar que integra o grupo, Lucas Bove descreve a coalizão como independente, composta por deputados mais alinhados com Bolsonaro. “Trata-se de um grupo que transcende as limitações partidárias, inclusive esperamos a adesão de outras legendas. O bolsonarismo está estabelecido, é um movimento de grande relevância e merece ter representação na maior casa legislativa da América Latina. Esta situação decorre, de fato, de certas insatisfações em relação à postura do governador. O grupo tem como objetivo defender as pautas e o legado de Bolsonaro”, afirma.

    Para Bove, o governador negligenciou pautas defendidas pela orientação política conservadora em São Paulo. “As escolas cívico-militares: o projeto está estagnado e existe o risco de não conseguirmos implantar as escolas no ano que vem. A questão do uso de câmeras no uniforme dos policiais é algo que nos incomoda profundamente desde o início do mandato. As deferências excessivas que ele tem dirigido a ministros do Supremo e ao ex-presidente Lula. Esse apoio explícito à reforma tributária, indo contra Bolsonaro. A pressa dele em firmar parcerias com prefeitos visando as eleições municipais”, enumera Bove.

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