O arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, foi designado ao prefeito de São Paulo , Ricardo Nunes (MDB), pedindo que a CPI das ONGs não seja iniciada na Câmara Municipal de São Paulo. A comunicação ocorreu após virem à tona as acusações do vereador Rubinho Nunes (União Brasil), proponente da CPI, contra o padre Júlio Lancellotti, pároco da Igreja São Miguel Arcanjo, no centro da cidade, pertencente à Arquidiocese de São Paulo.
O temor de dom Odilo é que o vereador Rubinho comece a atacar o padre na CPI e que isso prejudique a imagem da Igreja Católica como um todo. Consultada, a assessoria de imprensa da Arquidiocese de São Paulo não respondeu à Gazeta do Povo até a publicação.
Além de dom Odilo, o próprio padre Júlio Lancellotti conseguiu o prefeito exigindo sua política de interferência, argumentando que o vereador estaria fazendo palanque político. Católico, o prefeito Ricardo Nunes faz parte de sua base eleitoral na Igreja Católica.
Nesta manhã de quinta-feira (4/1), a Arquidiocese de São Paulo divulgou uma nota na qual questiona “por quais motivos se pretende promover uma CPI contra um padre que trabalha com os pobres, justamente no início de um ano eleitoral”.
Gazeta do Povo