Conforme o informante Kepler (@Kepler_L2 no X/Twitter), os futuros PlayStation 6 e Xbox terão custo de fabricação mais alto para proporcionar um avanço significativo em desempenho. A avaliação é baseada na ideia de que os novos processadores serão mais dispendiosos devido à transição do processo de fabricação de FinFET, de um custo mais baixo, para o GAAFET.
Reconhecido por suas fontes relacionadas à AMD, Kepler afirmou que as novas arquiteturas de transistores Gate-All-Around vão encarecer consideravelmente o processo de miniaturização dos componentes. Dessa forma, todo o mercado de chips deve sofrer o impacto dessa transição, incluindo o dos videogames.
Preços em constante alta
A declaração de Kepler é uma resposta ao que já havia sido confirmado pelo último relatório fiscal da divisão de jogos da Sony. Com hardwares cada vez mais complexos e potentes, também se torna progressivamente mais desafiador obter lucro com os consoles a cada geração.
Para comparação, o PlayStation 3, lançado em 2006, utilizava um processador em RISC adaptado do chip PowerPC 2.02 da IBM, lançado originalmente 10 anos antes para servidores HPC. O PlayStation 4 (2013), por sua vez, trazia uma APU AMD Jaguar desenvolvida em 2010 e fabricada em 28 nm da TSMC, duas gerações antes do primeiro nó FinFET de 16 nm, de 2013.
A eficiência do processo em FinFET garantiu à indústria de semicondutores praticamente 10 anos de miniaturização de transistores, com o N3 (2022) de 3 nm ainda sendo baseado no mesmo processo. Por esse motivo, a diferença de eficiência no PS5 foi menos significativa, apesar de introduzir compatibilidade nativa com Ray Tracing e outras melhorias próximas dos PCs gamers, mas ainda se tratava de um processador relativamente econômico de fabricar.
No entanto, o índice de aproveitamento dos wafers de silício vem diminuindo a cada nova arquitetura, sendo necessário migrar para o GAAFET ou equivalente para continuar progredindo. Dessa forma, as próximas gerações de console terão que decidir entre um avanço mais moderado em desempenho com tecnologias atuais, ou adotar as próximas gerações de chips, aumentando o custo de fabricação, reduzindo os lucros potenciais e o apelo de venda para o consumidor final.
