sexta-feira, 5 julho, 2024
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    Polícia Civil do Rio de Janeiro negociou restituição de armamentos com traficantes

    Informação foi transmitida por inspetor em depoimento acerca das armas subtraídas de arsenal em Barueri; conforme ele, o Exército colaborou na ação

    O Exército e a Polícia Judiciária do Rio de Janeiro pactuaram com um integrante do CV (Comando Vermelho) a entrega das armas que foram roubadas em setembro da base do Exército em Barueri (SP). A operação foi minuciosamente relatada em depoimento prestado em 7 de novembro pelo inspetor Christiano Gaspar Fernandes, da Delegacia de Repressão a Entorpecentes.

    Esse foi o maior desvio de armas registrado pelas Forças Armadas desde 2009, de acordo com levantamento do Instituto Sou da Paz. No total, 19 armamentos foram localizados, sendo 8 pela Polícia Judiciária do Rio de Janeiro e 9 pela Polícia Judiciária de São Paulo.

    O inspetor prestou depoimento como testemunha da ação que resultou na apreensão de parte dos armamentos. Conforme Fernandes, agentes dialogaram com um “colaborador” do CV, que não teve o nome revelado, e um traficante de armamentos.

    As negociações, de acordo com o inspetor, foram alinhadas com o Exército. Utilizando a estratégia conhecida como contrainformação, os agentes forneceram ao “colaborador” informações sobre uma operação que seria realizada na favela carioca Cidade de Deus. Em contrapartida, os armamentos que estavam na região seriam restituídos.

    No depoimento, Fernandes declarou que o “colaborador” informou que os objetos estariam em “um veículo abandonado na Gardênia, o que se confirmou”. Em 19 de novembro, 8 das 21 armas foram recuperadas na comunidade Gardênia Azul, na zona oeste do Rio de Janeiro.

    Em outro trecho do depoimento, Fernandes declarou que a Polícia Judiciária e o Exército passaram a colaborar com o traficante de armamentos “Jesser”, conhecido como “Capixaba”. Na madrugada de 1º de novembro, duas metralhadoras foram recuperadas no Rio de Janeiro.

    O Exército negou que tenha participado das negociações. A corporação afirmou que as “ações tomadas são sempre pautadas pelo princípio da legalidade”. A Polícia Judiciária não quis se pronunciar sobre o caso.

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