O Palmeiras de Abel Ferreira vive sua pior tempo desde a chegada da percentagem técnica portuguesa ao Brasil, em outubro de 2020. Na noite da última quinta-feira (19), no Allianz Parque, o Verdão caiu por 2 a 0 para o Atlético-MG, chegou ao 6° jogo sem vencer e vê em risco até mesmo uma vaga direta à próxima edição da CONMEBOL Libertadores.
Apuramos alguns fatores que ajudam a explicar por que o Palmeiras caiu tanto de rendimento nas últimas semanas e o que justifica a má conduta até mesmo de nomes consagrados e idolatrados pela torcida. O primeiro deles é o baque causado pela eliminação para o Boca Juniors na semifinal da Libertadores.
A situação foi admitida por Vítor Castanheira em entrevista coletiva posteriormente a guião para o Galo.
“Vou estrear dizendo que não há para onde fugir: estamos na pior tempo desde que chegamos cá ao Palmeiras. Temos que assumir isso. Queríamos muito estar na final da Libertadores, fizemos tudo para estar, mas infelizmente não conseguimos”, disse.
“Evidente que uma eliminação na semifinal abala, lógico, e temos sentido isso. É um veste, está visível que a equipe não está com a lucidez e a clarividência que já demonstrou, agora temos que volver essa situação com trabalho”, seguiu.
Mas, não é somente a queda na Libertadores que explica o cenário ruim nas alamedas do Allianz Parque. Nos últimos meses, peças consideradas titulares na equipe de Abel Ferreira receberam propostas do futebol europeu e do Oriente Médio e tinham interesse em deixar o Brasil. No entanto, o clube se blindou das investidas financeiras e houve um “pacto interno” pela conquista da Libertadores para fazer história.
Mas, a eliminação nos pênaltis, somada à frustração dos jogadores de não serem negociados com o futebol internacional, além do distanciamento pela peleja do título, impuseram ao elenco um clima de instabilidade, que tem refletido em maus resultados dentro de campo. A última vitória da equipe aconteceu no dia 15 de setembro, por 1 a 0, contra o Goiás.
Outro ponto que tem incomodado segmento do elenco é a cobrança da torcida em relação ao diretor de futebol Anderson Barros. Figura próxima dos atletas e indigitado por Abel Ferreira sempre porquê peça fundamental da engrenagem alviverde, o cartola é sempre criticado pela vagar na procura por reforços ao time.
Barros é uma figura querida internamente pelo plantel, que não tem visto com bons olhos a potente pressão exercida por segmento da torcida, tida porquê “injusta” pelos jogadores. A insatisfação do mau momento do time tem atingido também a percentagem técnica. Um dos nomes mais abatidos no momento é Abel Ferreira.
O português tem se mostrado “inconformado” com os revezes nas últimas semanas e tem se incomodado com o veste de não conseguir dar um novo rumo ao Palmeiras posteriormente a lesão de Dudu apesar de ter apostado em diferentes formações táticas e escalações do meio para frente.
Apesar do cenário de insatisfação universal, Abel Ferreira não pensa em largar o navio. A percentagem técnica portuguesa segue comprometida com o Palmeiras, com quem tem contrato até o final de 2024. Internamente, a solução encontrada pelo clube não é dissemelhante da que tem sido externada: trabalho.
O próximo compromisso da equipe paulista acontecerá neste domingo (22), diante do Coritiba, no Couto Pereira, às 18h30.
