O ex-chefe do Executivo Jair Bolsonaro (PL) utilizou sua conta do Twitter/X para comunicar que, no próximo domingo, 28, às 19h, realizará uma live para discutir o caso Marielle Franco.
“O caso Marielle está chegando ao seu desfecho, com a delação de Ronnie Lessa [ainda não homologada]”, escreveu Bolsonaro. “Também encerra-se a narrativa exagerada e intencionalmente criada por grande parte da imprensa e pela militância da esquerda.”
Bolsonaro também relembrou que, em 29 de outubro de 2019, o Jornal Nacional veiculou uma reportagem que associava seu nome ao crime.
Na época, o telejornal noticiou que o porteiro do condomínio onde Bolsonaro tem uma residência no Rio de Janeiro havia prestado depoimento à Polícia Federal.
– O caso Marielle está chegando ao seu desfecho com a delação de Lessa (ainda não homologada). Também encerra-se a narrativa exagerada e intencionalmente criada por grande parte da imprensa e pela militância da esquerda.
– Quando a TV Globo denunciou o caso, em 30/out/2019, Bolsonaro estava… pic.twitter.com/Q7fantF3LG
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) January 23, 2024
Na ocasião, o funcionário havia informado aos policiais que em 14 de março de 2018, dia do assassinato da vereadora e do motorista Anderson Gomes, um dos acusados do crime, Élcio Queiroz, havia adentrado o condomínio. Na ocasião, o indivíduo declarou que iria para a unidade 58, que pertence ao ex-presidente, à época deputado federal.
Um dia após a notícia, Bolsonaro, em viagem à Arábia Saudita, promoveu uma live. No vídeo, o ex-presidente se defendeu e afirmou que no dia em que o porteiro havia telefonado para sua casa, Bolsonaro estava em Brasília.
“Fui surpreendido, agora há pouco, por causa de uma matéria do Jornal Nacional sobre o depoimento de um porteiro”, disse o ex-presidente, na live. “Ele disse que no dia 14 de março de 2018, às 17h10, um dos suspeitos pela morte de Marielle havia se apresentado na portaria e solicitado autorização para adentrar na minha casa. O porteiro reconheceu a minha voz e permitiu a entrada do mesmo no condomínio. Tenho registrado no painel eletrônico da Câmara dos Deputados presença às 17h41, ou seja, 30 minutos depois da entrada desse indivíduo.”
Acusado de matar Marielle delatou Domingos Brazão como mandante do crime
Na última segunda-feira, 22, o ex-policial Ronnie Lessa, acusado de assassinar Marielle e Anderson Gomes, fechou acordo de delação premiada. No acordo com as autoridades, ele implicou o ex-deputado estadual pelo Rio de Janeiro Domingos Brazão como mandante do crime.
