sexta-feira, 5 julho, 2024
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    Previsão da safra no Brasil em 2023/24: 312,3 milhões de toneladas, conforme Conab

    Os agricultores brasileiros devem colher 312,3 milhões de toneladas de grãos na safra 2023/24, quantidade 2,4% menor que na temporada anterior. A diminuição na projeção de produção nesse ciclo é resultante da escassez de chuvas e das altas temperaturas nos estados do Centro-Oeste. No Sul do país, principalmente no Rio Grande do Sul, o excesso de precipitações também teve impacto negativo.

    Essas condições meteorológicas desfavoráveis afetaram o crescimento de culturas importantes, como soja e trigo. Os dados estão no 3º Levantamento da Safra de Grãos 2023/24, divulgado nesta quinta-feira (7) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

    “Estamos atentos e intensificaremos o monitoramento das áreas produtoras. O comportamento do clima este ano é o fator mais determinante para as culturas em plantio e em desenvolvimento, devido ao El Niño. Além disso, os atrasos no plantio da soja geram incertezas para o milho 2a safra”, comenta o diretor de Política Agrícola e Informações da Conab, Sílvio Porto.

    Importante para o abastecimento interno, a safra de arroz tem previsão de crescimento em torno de 7,5%, podendo atingir 10,79 milhões de toneladas. Esse desempenho positivo é influenciado pela expansão da área de cultivo do produto e pela recuperação na produtividade. No entanto, as condições climáticas adversas têm prejudicado o desenvolvimento da cultura, especialmente no Rio Grande do Sul, principal estado produtor, devido ao excesso de chuvas que tem causado umidade em excesso no solo, atrasando o plantio e dificultando os cuidados com a lavoura.

    Outro produto tradicional no consumo dos brasileiros, o feijão apresenta situações diversas nas lavouras cultivadas na primeira safra pelo país. Em São Paulo, as condições gerais, até o momento, são favoráveis em termos fitossanitários. Os efeitos das altas temperaturas e das baixas precipitações foram minimizados pelo uso de irrigação. No entanto, em Minas Gerais, o cenário de calor e irregularidade de chuvas impacta as operações de implantação e manejo das lavouras. A expectativa, somando as 3 safras da leguminosa, é de uma produção de 3,1 milhões de toneladas.

    O clima também vem impactando a cultura da soja, principal cultura cultivada no país. O plantio da oleaginosa está atrasado em todas as regiões produtoras. Em alguns estados, os trabalhos de implantação da cultura estão próximos dos da última safra, como Paraná e Mato Grosso. Com a irregularidade climática, há indicação de redução da produtividade nos estados do Centro-Oeste. Em Mato Grosso, as lavouras ainda apresentaram uma evolução satisfatória, apesar do pouco volume pluviométrico recebido. Já em Goiás, Minas Gerais, Matopiba e Rio Grande do Sul, a área semeada está bem abaixo do ocorrido na safra 2022/23. No Rio Grande do Sul, isso se deve ao excesso hídrico, e nas demais regiões, à irregularidade ou escassez de precipitações.

    Diante desse cenário, a expectativa de produção da soja nessa safra é de 160,2 milhões de toneladas. O clima ainda é um fator que pode influenciar nesse resultado, principalmente nos estágios de floração e enchimento dos grãos. Os técnicos da Companhia continuarão acompanhando o desenvolvimento das lavouras para verificar os impactos das condições climáticas no desempenho final.

    Cenário similar é observado para o cultivo do milho 1 safra. Os extremos climáticos, característicos de anos de influência do fenômeno El Niño, continuam a ocorrer nas regiões produtoras, atrasando o plantio do cereal. Nesse primeiro ciclo de cultivo do grão, a produção é projetada em 25,3 milhões de toneladas, representando uma redução de 7,5% em relação à safra anterior. Já a colheita total de milho está estimada em 118,53 milhões de toneladas.

    Nas culturas de inverno, foi identificada uma diminuição na produtividade em quase todos os produtos, comparada à última safra. Para o trigo, principal produto, as chuvas abundantes, os ventos fortes, o granizo, as enchentes, a nebulosidade excessiva e a falta de dias ensolarados têm dificultado a conclusão da colheita no Rio Grande do Sul. O volume de produção está previsto em 8,1 milhões de toneladas.

    Mercado

    As análises de mercado dos grãos brasileiros mostram que as exportações de soja em grãos, de janeiro a novembro de 2023, continuam elevadas. Além disso, o line-up até o final de dezembro está estimado em mais de 100 milhões de toneladas. Diante desse cenário, os embarques do grão foram elevados de 98,06 milhões de toneladas para 100,03 milhões de toneladas. Já para os esmagamentos, foi verificada uma redução de 350 mil toneladas, motivada por uma diminuição nas estimativas de exportações de farelo e óleo de soja.

    Para o próximo ano, as exportações da oleaginosa estão estimadas em 101,59 milhões de toneladas, uma redução de 1,42 milhão de toneladas em relação ao último levantamento divulgado, influenciado pela atual estimativa do volume a ser colhido. Queda também para os esmagamentos, reduzidos em 1,05 milhão de toneladas, devido principalmente à menor estimativa de venda no mercado interno de farelo de soja em 2024.

    Para o milho, a expectativa é que o volume de exportações brasileiras do cereal em 2024 seja reduzido, podendo chegar a 38 milhões de toneladas. A queda projetada se deve à perspectiva de menor produção nacional somada à maior oferta disponível no mercado internacional, em meio à boa safra norte-americana.

    No caso do feijão-comum cores, o panorama de mercado se apresenta favorável ao produtor. A cultura está em plena entressafra e o país dispõe apenas dos estoques remanescentes da terceira safra e das lavouras paulistas na oferta de feijão novo, pelo menos até meados de janeiro de 2024. Com a previsão de oferta moderada e baixo estoque de passagem, a tendência é que os preços continuem atrativos para os agricultores durante os próximos dois meses.

    Já o mercado de trigo continua apresentando um cenário de baixa nos preços. O excedente de cereal russo, com preço mais competitivo que os dos demais países, segue atuando como um dos principais fatores de pressão das cotações. Além disso, a melhora climática em importantes países produtores europeus e na Austrália também atua como fator baixista das cotações. As informações partem da assessoria de imprensa da Conab.

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