O Estado do Rio Grande do Sul lidera a produção de vinhos e espumantes no Brasil, com aproximadamente 50 mil hectares cultivados.
A região mais tradicional é a Serra Gaúcha, no entanto, a produção tem se expandido para outras áreas do estado, como a Campanha Gaúcha.
“Enfrentamos algumas dificuldades devido a doenças, principalmente míldio, em decorrência do grande volume de chuvas nos últimos meses. Precisamos de um clima favorável, com bastante sol para auxiliar na maturação, especialmente para as variedades tardias na formação das uvas”, diz Diego Tomasi, produtor de uva.
No geral, o desenvolvimento das uvas na Serra Gaúcha está dentro do esperado, porém algumas videiras sofreram perdas devido ao clima.
A expectativa agora é que o clima colabore no final da safra para garantir a qualidade das bebidas produzidas.
A produção mundial de vinhos e espumantes está prevista para ser a menor em 50 anos, devido às condições climáticas adversas. No Brasil, a redução pode chegar a 30%.
O consumo, que aumentou durante a pandemia, continua em ascensão, com previsão de crescimento de 2% neste ano.
“Um pouco aquém das expectativas que o mercado vinha apresentando desde o pós-pandemia. Obviamente, não é o único setor enfrentando dificuldades com as vendas. Mas estamos sempre buscando e agora com projeções mais positivas para o final do ano, quando o consumo de espumantes ganha destaque”, afirma Daniel Panizzi, presidente da Uvibra.
Apesar das adversidades climáticas, as vinícolas gaúchas continuam investindo em tecnologia e inovação, visando aprimorar a qualidade das uvas e dos vinhos, e ampliar sua presença no mercado internacional.
“O setor como um todo evoluiu significativamente devido a extensas pesquisas científicas e avanços tecnológicos no campo, assim como nos processos de vinificação. Com o passar dos anos, é notável o reconhecimento e a aceitação global, especialmente em relação aos produtos, principalmente os espumantes”, afirma Nicole Salton, responsável pela experiência do consumidor.
O trabalho dos produtores gaúchos é reconhecido em escala internacional, recebendo mais de 700 prêmios por ano no setor vitivinícola do estado.
“Fazemos o possível dentro da nossa realidade para produzir uvas de qualidade que reflitam, posteriormente, em produtos de excelente qualidade”, diz Diego Tomasi.
