O Valor Bruto de Produção (VBP), conhecido como “PIB do agro”, atingiu a marca de R$1,15 trilhão na estimativa de janeiro a outubro. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgaram esses dados nesta semana.
O montante apresenta um crescimento de 2,2% em comparação com o mesmo período de 2022, quando atingiu R$ 1,12 trilhão. O segmento mais representativo no índice é o das plantações, que cresceu 4,2% e foi avaliado em R$ 811,7 bilhões. A pecuária obteve uma receita de R$ 339,9 bilhões, registrando uma queda de 2,1% em relação ao ano anterior.
No ramo das lavouras, cinco produtos ocupam as primeiras posições do ranking e representam 81,9% do VBP. São eles: soja, milho, cana-de-açúcar, café e algodão. Veja a seguir os dez produtos que apresentaram o maior crescimento percentual de participação no VBP das lavouras:
- Amendoim: 17,6%;
- Arroz: 17,8%;
- Banana: 15,9%;
- Cacau: 19,5%;
- Cana-de-açúcar: 17,2%;
- Laranja: 18,0%;
- Mandioca: 42,4%;
- Soja: 2,9%;
- Tomate: 23,0%;
- Uva: 14,5%.
Diversos fatores contribuíram para a melhora do desempenho dos produtos acima, incluindo a influência dos preços, as quantidades produzidas ou ambos.
Outros alimentos apresentam queda nos números
Por outro lado, o VBP também indicou os produtos com o pior desempenho em 2023. São eles: algodão, batata-inglesa, café e trigo. O principal motivo para esse resultado negativo são as fortes retrações de preços em relação ao ano passado.
Quanto à pecuária, suínos, leite e ovos registraram resultados positivos. Já a carne bovina e a de frango não tiveram um bom desempenho neste ano.
O Estado que se destaca no ranking com o melhor resultado é o Mato Grosso, seguido por São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Goiás. Esses cinco Estados correspondem a 59,8% do VBP total.
Em 2024, VBP deve ter uma queda nos resultados
A Conab e o IBGE informaram que o VBP deve ter uma redução de 5,3% em 2024 em comparação com 2023. As primeiras análises não são muito positivas e indicam uma safra menor, principalmente em seis produtos: algodão, café, feijão, milho, soja e trigo.
Os institutos também afirmaram que é cedo para fazer uma projeção para o próximo ano, devido às condições climáticas. Excesso de chuvas e períodos secos trazem grandes incertezas.