sexta-feira, 5 julho, 2024
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    Produtores de algodão vão solicitar medidas de apoio emergencial

    Os agricultores de algodão pretendem apresentar ao governo federal, nos próximos dias, um documento com propostas de apoio emergencial para o setor. Essa decisão foi tomada durante uma reunião extraordinária da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados (CSAD), do Ministério da Agricultura, na quinta-feira, 15.

    De acordo com a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), que lidera a câmara setorial, o objetivo é tentar reduzir os impactos da quebra de safra da soja devido às condições climáticas adversas, agravadas pelo El Niño.

    “Embora a soja tenha sido o cultivo mais afetado, seus reflexos sobre o algodão são diretos. Atualmente, 62% da produção brasileira de algodão acontece em áreas de segunda safra, logo após a colheita da soja”, explicou a Abrapa.

    Além dos contratempos climáticos, há também a queda nos preços de algumas das principais commodities agrícolas brasileiras, o que compromete a remuneração do produtor rural.

    Segundo a Abrapa, de acordo com o indicador Esalq/B3, desde o início do ano passado, soja, milho e algodão sofreram quedas de 28%, 24% e 25%, respectivamente.

    O presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, mencionou que os produtores estão buscando evitar a inadimplência e a subsequente impossibilidade de acessar crédito para financiar suas plantações.

    “As medidas também devem evitar que os impactos da crise afetem o consumidor final, não apenas de vestuário, mas também de alimentos, já que a soja está presente em várias outras cadeias produtivas do agronegócio”, afirmou ele em comunicado.

    No documento, os produtores solicitam a disponibilização de uma linha de crédito emergencial que beneficie também os grandes produtores. “Caso contrário, pode haver inadimplência nos compromissos já assumidos. Da mesma forma, precisamos da prorrogação das operações de crédito, com prazo mínimo de um ano e taxas alinhadas com o mercado, que estão mais baixas do que quando tomamos os empréstimos”, informou Schenkel.

    A Câmara também destaca a importância de recursos orçamentários para a Política de Garantia de Preço Mínimo (PGPM), para garantir alguma estabilidade de renda para o produtor, o que tornaria efetivas as soluções de subvenção, com os programas de PEP e Pepro.

    Outro ponto levantado foi o seguro rural, cuja abrangência vem diminuindo, e que, segundo os produtores, precisa ser reavaliado.

    “Os recursos devem ser aumentados já para o Plano Safra 2024/2025, para atender às necessidades do campo neste momento, mas o seguro precisa ser uma ferramenta que funcione efetivamente como um instrumento de política agrícola, e que seja atrativo para que as empresas do setor possam criar produtos e oferecer apólices com esse propósito”, concluiu o presidente da Abrapa.

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