O órgão responsável pela Saúde divulgou, no término da manhã dessa quarta (27), que a proteção contra a enfermidade transmitida pelo Aedes aegypti será ampliada para
mais 154 cidades do Brasil, incluindo São Paulo e Recife e as regiões
metropolitanas de Florianópolis e Campinas (SP).
A extensão da imunização ocorre na mesma época em
que o país enfrenta a pior propagação do vírus desde 2015, com mais de 2,3 milhões de ocorrências
confirmadas e prováveis e 831 óbitos confirmados. Até então, o ano com pior índice da
série histórica teve 1,6 milhão de registros.
Os volumes que serão enviados a essas 154 localidades fazem parte do transporte de 1,2 milhão que foi distribuído pelo órgão, mas o total a ser direcionado não foi informado pela pasta. Dentre esses, cerca de 534,6 mil doses já foram aplicadas e outras 700,4 mil ainda não foram inseridas no sistema do órgão.
A responsável pela Vigilância em Saúde do
órgão, Ethel Maciel, disse que as doses destinadas à extensão da
imunização serão transferidas dentro dos próprios estados, porém sem retirá-las de
um para o outro.
“A redistribuição das doses começa a partir da
nota técnica que será publicada nesta data. A expectativa é que até semana que vem
se inicie a vacinação, embora não seja possível precisar devido aos desafios logísticos
de cada local”, declarou Éder Gatti, coordenador do Programa Nacional de
Imunizações (PNI).
Ainda de acordo com o órgão responsável pela Saúde, podem receber a imunização crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. Na primeira
etapa da campanha de imunização, foram incluídas 521 localidades de 16 estados e do
Distrito Federal com mais de 100 mil habitantes, juntamente com os municípios próximos
com casos de doença transmitida pelo Aedes aegypti tipo 2.
O órgão estima que, até o término do ano, se o contágio persistir nesse ritmo, serão registrados 4,2 milhões de ocorrências.