A fabricação de veículos automotores no Brasil diminuiu 11% em janeiro se comparado a dezembro de 2023. No total, foram produzidas 152 mil unidades no mês inicial de 2024, enquanto que nos 31 dias anteriores foram produzidas 171 mil.
O resultado do começo deste ano assemelha-se ao mesmo período de 2023, de acordo com informações da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Em relação à exportação de veículos, houve também uma queda na comparação mês a mês. As montadoras enviaram 18 mil veículos para o exterior em janeiro deste ano, representando um decréscimo de 43% se comparado a janeiro de 2023, quando 33 mil veículos foram exportados.
No início deste ano, as montadoras instaladas no Brasil experimentaram uma redução nos níveis de produção de veículos leves e caminhões. As fabricantes lançaram no mercado 143 mil carros em janeiro, 10% a menos do que em dezembro. Já os caminhões tiveram uma queda de 3,9% em comparação com dezembro, com 7,9 mil veículos de transporte de cargas montados.
Os ônibus foram a única categoria com aumento na produção. O Brasil fabricou 1,5 mil veículos de transporte coletivo no mês passado, representando um aumento de 27% em relação a dezembro.
Desaceleração econômica ocasiona redução na fabricação
As montadoras enviaram 18 mil veículos ao exterior em janeiro | Foto: Reprodução/Agência Brasil
Segundo a Anfavea, a desaceleração econômica é a causa da diminuição no volume de vendas para o exterior, visto que os principais compradores de veículos fabricados no Brasil reduziram o consumo. Conforme a entidade, os países que diminuíram suas participações no comércio foram a Argentina, o Chile e a Colômbia.
Por outro lado, as vendas internas de veículos no Brasil aumentaram 13% em relação a janeiro de 2023, com uma média diária de 7,6 mil automóveis emplacados.
De acordo com o site Poder360, a cada dez automóveis vendidos, dois foram importados. Foi a maior participação dos últimos dez anos em janeiro. Dos 31 mil importados licenciados, quase metade veio da Argentina, com 46%. A China teve participação de 25%. Os elétricos responderam por 14% dos modelos importados, e os híbridos representaram 19% do total.