O empresário, halterofilista e influenciador de condicionamento físico Renato Cariani publicou um vídeo nesta quinta-feira (14) para explicar as mensagens trocadas com a parceira Roseli Dorth, mencionadas no inquérito do Ministério Público que envolve a corporação de ambos, a Anidrol Produtos para Laboratórios Ltda., e outros aspectos da investigação realizada pela Polícia Federal sobre a suspeita de emissão de notas falsas e desvio de produtos utilizados para refino e adulteração de cocaína.
Cariani informou que teve acesso ao processo somente na quarta-feira (13) e optou por abordar o assunto neste momento.
Segundo o influenciador, grandes multinacionais entraram em contato com ele, preocupadas com questões de conformidade relacionadas à sua corporação, a Anidrol Produtos para Laboratórios.
O primeiro ponto abordado por Cariani foram capturas de conversas entre ele e uma parceira em 2014, levantando a possibilidade de uma eventual fuga. De acordo com a narrativa do influenciador, um trecho da conversa teria mencionado: “Graças a Deus essa semana é curta, poderemos trabalhar no feriado para arrumar de vez e escapar da polícia.”
“Eu preciso preparar minha defesa. Existe toda essa repercussão da mídia, mas existe minha lisura também. Eu não posso sabotar a minha defesa, porque corre em segredo de Justiça. Por isso tive que expor todas as mensagens da mídia, porque não sou eu explanando o que corre em segredo”, afirmou o influenciador, usando reportagens jornalísticas como base para refutar as acusações.
Conforme a PF, entre 2014 e 2020, foram desviadas 12 toneladas de produtos químicos, incluindo fenacetina, acetona, éter etílico, ácido clorídrico, manitol e acetato de etila, com valor total avaliado em R$ 6 milhões. A investigação alega que essa quantidade de produtos seria suficiente para produzir 19 toneladas de cocaína e crack, abastecendo o mercado interno brasileiro por meio de organizações criminosas.
O influenciador de condicionamento físico Renato Cariani foi alvo da Polícia Federal (PF) em uma operação que tinha como objetivo reprimir e desarticular uma organização criminosa responsável pelo desvio de produtos químicos utilizados na produção de drogas. As equipes cumpriram mandados de busca e apreensão na manhã da última terça-feira (12/12), na Anidrol, indústria química na Grande São Paulo que tem Cariani como sócio. A ação, batizada de Operação Hinsberg, contou com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo (MPSP) e da Receita Federal.
Aqui está o vídeo de Renato Cariani: