terça-feira, 2 julho, 2024
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    Renda universal, Produto Interno Bruto e diminuição de emissões juntos?


    O provento (ou faturamento) universal (UBI, na sigla em inglês) defende que todas as indivíduos do globo poderiam receber um pagamento regular, independente de sua condição, no lugar de pagamentos advindos da aposentadoria de cada país e, ao mesmo tempo, mantê-las felizes.

    A partir desta teoria, uma pesquisa, liderada pela Universidade da Colúmbia Britânica (Canadá) e publicada na Cell Reports Sustainability, indicou que o UBI seria capaz de melhorar os padrões de vida das indivíduos no mundo todo, bem como impulsionar o Produto Interno Bruto (PIB) global.

    No entanto, há uma ressalva: ele é muito dispendioso. Os pesquisadores, contudo, apontam que as empresas que poluem o ambiente poderiam pagá-lo, pois apenas tributar as emissões de carbono geraria cerca de US$ 2,3 bilhões (R$ 12,36 bilhões, na conversão direta).

    Os danos ambientais e a pobreza representam enormes riscos para a sociedade. Ao exigir que os grandes poluidores paguem para limpar sua própria confusão, ou o ‘princípio do poluidor-pagador’, temos abordagem criativa para tratar ambas as questões.

    Ussif Rashid Sumaila, economista da Universidade da Colúmbia Britânica

    Pesquisa mostra: provento universal salva PIB global e reduz emissões de carbono

    • Conforme o ScienceAlert, Sumaila e colegas revisaram dados de 186 países diversos;
    • Eles uniram modelos com análise de fatores econômicos;
    • Cálculos da equipe indicam que custaria US$ 41 bilhões (R$ 220,44 bilhões) para que cada uma das 7,7 bilhões de indivíduos do globo recebesse o provento básico, ou US$ 442 bilhões (R$ 2,3 trilhões) para focar nas 9,9 milhões de indivíduos abaixo da linha de pobreza em países em expansão;
    • O provento básico global poderia resultar no aumento do PIB mundial para US$ 163 bilhões (R$ 876,41 bilhões) ou 130%;
    • Ou seja, cada dólar gasto no UBI geraria até US$ 7 (R$ 37,64) em impacto econômico, pois ele é gasto em alimentação, provento e outros bens.

    Nossas descobertas mostram relação positiva entre o impacto econômico e os custos para a implementação do provento básico em todos os cenários examinados.

    Ussif Rashid Sumaila, economista da Universidade da Colúmbia Britânica e colegas, no artigo

    Outras pesquisas também relacionaram esquemas similares com benefícios ambientais. Esse imposto traria políticas mais ecológicas, entende o grupo, mas, para ser sustentável a longo prazo, fosse preciso realizar a transição para outras fontes de financiamento.

    O sistema proposto também poderia tornar comunidades mais resilientes. Ou seja, caso houvesse uma catástrofe natural ou nova pandemia global, não seria algo tão perturbador ou prejudicial caso houvesse rede de segurança para subsistência das indivíduos.

    “Em linhas gerais, tempos extraordinários exigem medidas proporcionais”, afirma Sumaila.

    Para que o sistema entrasse em vigor, existem questões relacionadas sobre até que ponto desincentivaria trabalho e inovação.

    Para reduzir a enorme barreira imposta pelos custos de implementação, sugerimos um conjuntovariado de formas com o objetivo de financiar o ganho mínimo. Propomos que a execução do salário mínimo seja factível e possa ser uma ferramenta eficaz para lidar com o duplo desafio de reduzir a pobreza global e, ao mesmo tempo, diminuir a degradação ambiental

    Escritores do artigo

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