terça-feira, 2 julho, 2024
spot_img
Mais

    Últimos Posts

    spot_img

    RNA alterado em vacinas contra COVID pode influenciar o surgimento de tumor | mRNA empregado nas vacinas contra COVID-19 | mRNA nativo | deterioração imune


    Reportagem adaptada do inglês, originalmente publicada pela filial americana do Epoch Times.

    O mRNA usado nas vacinas contra COVID-19 difere do mRNA natural, o qual foi adaptado para evitar a decadência imune ao ser inserido. Em uma análise divulgada em 5 de abril, pesquisadores defendem que a alteração – especificamente, a modificação de N1-metil-pseudouridina – no mRNA ocasiona supressão imunológica que pode colaborar com o desenvolvimento de tumor.

    A uridina é um componente essencial do mRNA. No entanto, quando o mRNA é inserido no organismo, o sistema imune o decompõe rapidamente.

    Portanto, cientistas da Pfizer e da Moderna modificaram a uridina para N1-metil-pseudouridina (m1-psi) para prolongar sua permanência.

    Entretanto, estudos indicam que essa alteração pode diminuir as respostas imunes. “No contexto da vacinação contra COVID-19, essa inibição assegura uma síntese adequada de proteínas de espícula e uma redução na atuação imune”, os autores escriam no resumo da análise.

    Os autores estão inquietos com a possibilidade de a alteração favorecer a manifestação de tumor em pessoas suscetíveis.

    “Recomendamos que futuros testes clínicos para tumores ou enfermidades infecciosas não empreguem vacinas de mRNA com 100% de modificação m1Ψ (m1-psi), mas sim aquelas com uma proporção menor de modificação m1Ψ para prevenir a supressão imune”, escreveram.

    RNA alterado versus nativo

    RNA alterado e nativo desencadeiam respostas distintas no organismo. O RNA alterado tende a gerar mais proteínas anômalas, potencialmente colaborando para a instabilidade do genoma celular.

    Mais crucial ainda, o RNA alterado gera uma resposta mais suave no organismo comparado ao RNA nativo, o que pode ter amplas implicações para a competência do organismo em combater outras infecções e tumores.

    Os autores mencionaram estudos que constataram que o RNA nativo costumava estimular a atividade do interferon tipo 1 – uma substância antineoplásica crucial – e outros compostos imunes. Em contrapartida, o RNA alterado provoca uma resposta mais moderada e está relacionado a compostos imunes que favorecem a tolerância a injeções de RNA externo.

    Uma evidência fundamental citada pelos autores da análise provém de um estudo com camundongos na Tailândia.

    No estudo, os pesquisadores administraram RNA natural e RNA 100% alterado em dois conjuntos distintos de camundongos com melanoma.

    Os pesquisadores tailandeses observaram que ao serem injetados com RNA natural, o organismo apresentou uma resposta imune mais intensa em comparação com a injeção de RNA alterado.

    Ademais, o prognóstico dos camundongos com melanoma também apresentou divergências.

    A sobrevivência no conjunto de camundongos sem RNA alterado foi de 100%. Já no conjunto com a uridina modificada, somente metade dos camundongos conseguiu sobreviver.

    Em resumo, os pesquisadoresOs tailandeses registraram que uma vacina de mRNA estimula a produção de interferon tipo 1 e sinais a jusante cruciais para controlar a expansão e a metástase do tumor.

    Os pesquisadores interpretaram os resultados como indicando que a adição de 100% de “[m1-psi] à vacina de mRNA em um modelo de melanoma promoveu o desenvolvimento e a disseminação do câncer, enquanto as vacinas de mRNA não alterado provocaram efeitos opostos”.

    Eles acrescentaram que o estudo demonstrou que a modificação completa do mRNA diminuiu a sobrevida nos receptores.

    O embate em relação ao câncer

    Contudo, Tanapat Palaga, doutor em microbiologia e imunologia, professor de microbiologia na Universidade Chulalongkorn, em Bangkok, Tailândia, e autor sênior do estudo tailandês, afirmou ao The Epoch Times por e-mail que a revisão retirou os “resultados de seu contexto”.

    Embora concorde que o RNA não modificado está vinculado a uma “imunidade robusta contra tumores”, ele complementou que a pesquisa “não afirmou, concluiu ou sugeriu que o mRNA modificado estimula a formação de tumores.

    “O RNA modificado … simplesmente não estimulou a produção de IFN tipo I”, foi sua exposição.

    Os autores da revisão se empenharam em destacar que não estão insinuando que o RNA modificado cause câncer, mas que seus efeitos podem propiciar um ambiente propício ao desenvolvimento de cânceres.

    “Aqueles que não leem profundamente poderão rapidamente concluir que estamos AFIRMANDO que as vacinas de mRNA originam câncer”, salientaram os autores da revisão ao The Epoch Times por e-mail, mencionando um trecho em seu artigo que afirma: “É essencial elucidar aqui que as vacinas de mRNA não deflagram câncer; entretanto, podem estimular seu desenvolvimento … Preocupamo-nos mais com dados experimentais e clínicos relativos a este último.”

    O Dr. Tian Xia, docente da Divisão de Nanomedicina da Universidade da Califórnia – Los Angeles, comentou ao The Epoch Times que a intenção do m1-psi é reduzir a imunotoxicidade, “não para reprimir a imunidade inata e adaptativa”, e a alegação de que provoca câncer carece de “sólido respaldo científico”.

    Diminuir o uso de RNA modificado

    Os autores da revisão indicaram que no futuro as terapias de mRNA devem incluir uma “quantidade menor” de RNA modificado.

    Eles também sugeriram que não desencorajam a utilização de injeções de mRNA no tratamento do câncer, uma vez que o RNA natural ou não modificado diminui a expansão do tumor, aprimora a eficácia das respostas imunes e pode potencialmente aumentar a sobrevida.

    Os autores afirmaram ao The Epoch Times que, com as vacinas de mRNA contra a COVID-19, os pesquisadores “concentraram-se apenas em maximizar a produção da proteína de espícula” sem levar em conta outros efeitos a jusante.

    “É preciso uma reflexão aprofundada: se reduzirmos a porcentagem de modificação, teremos uma vacina menos eficiente contra o SARS-CoV-2”, argumentaram os autores, porém, ao mesmo tempo, pode haver menos efeitos adversos não intencionais.

    Raquel Valdes Angues, pesquisadora associada sênior da Universidade de Ciências e Saúde do Oregon, declarou ao The Epoch Times que ela e seus colegas veem com bons olhos a revisão “explorando as possíveis implicações do uso de vacinas de mRNA modificado com [m1-psi] contra a COVID-19 na progressão e metástase do câncer”.

    Ela ressaltou que o RNA modificado mostrou capacidade de bloquear a sinalização de interferon, e dada sua complexa função na biologia tumoral, “torna-se crucial proceder com cuidado ao integrar mRNAs modificados [m1-psi] para uso terapêutico” em animais e humanos.

    “Essas considerações demandam investigações minuciosas e análises criteriosas na busca de terapias fundamentadas em mRNA”, concluiu ela.

    © Direito Autoral. Todos os Direitos Reservados ao Epoch Times em Português 2011-2018

    spot_img

    Últimas Postagens

    spot_img

    Não perca

    Brasília
    céu limpo
    15.5 ° C
    15.5 °
    13.1 °
    67 %
    0.5kmh
    0 %
    qua
    26 °
    qui
    28 °
    sex
    27 °
    sáb
    28 °
    dom
    20 °

    13.59.42.207
    Você não pode copiar o conteúdo desta página!