Encarregada de agregar valor às matérias-primas, como carne e minério de ferro, a indústria de transformação está gerando menos receita com as exportações durante o governo Lula. De janeiro a outubro de 2023, a arrecadação com os embarques do setor diminuiu 3%, em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Nos primeiros dez meses de 2023, o setor manufatureiro do Brasil obteve US$ 147 bilhões com exportações. Isso representa uma redução de US$ 4 bilhões em relação ao mesmo período de 2022, de acordo com os dados do governo federal.
Uma pesquisa realizada por Oeste nos dados oficiais mostra que entre os responsáveis se destaca o segmento das carnes bovinas. Durante o período de janeiro a outubro, houve a primeira queda na receita desse segmento, após seis anos consecutivos de crescimento no faturamento.
Declínio na indústria de transformação da carne bovina
Em 2023, nos primeiros dez meses, a indústria brasileira de transformação da carne bovina gerou US$ 7,7 bilhões. Um ano antes, o montante para o período havia sido de US$ 10,3 bilhões. Assim, houve uma diminuição de US$ 2,6 bilhões — 25% do total.
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No caso da carne bovina, o principal importador é a China. Os embarques para este mercado resultaram em 30% a menos. E os chineses contribuem com 60% das receitas desse segmento com o mercado externo.
No entanto, é importante ressaltar que a quantidade enviada para o gigante asiático foi praticamente a mesma nos dois últimos anos. A redução ocorreu principalmente devido à diminuição no valor por tonelada exportada.
Em média, a indústria de transformação do Brasil obteve US$ 4,85 mil por tonelada de carne bovina enviada à China em 2023, até o momento. Isso é quase 30% menor em comparação ao preço médio praticado de janeiro a outubro de 2022: US$ 6,65 mil por tonelada.
