O corpo jurídico do ex-chefe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques comunicou que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou o segundo pedido de liberdade provisória.
O advogado Eduardo Simão informou ao site de notícias Poder360 que a divulgação da saída de Vasques para realizar o exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e os depoimentos à Polícia Federal (PF) também foram vazados para a imprensa. O caso no Supremo segue em sigilo.
‘Despropósito’ de Moraes contra Silvinei Vasques
Em comunicado, Simão afirmou que “o STF ainda não percebeu a trapalhada da Polícia Federal, que alega violência política notoriamente sem adequação ao tipo penal”.
O advogado também expressou que, à medida que avança, “esse inquérito não vai acabar nunca”. Ele afirmou que o Supremo deve agir e “colocar um ponto final nesse despropósito jurídico”.
Vasques está sob investigação por operações policiais realizadas pela PRF em Estados do Nordeste durante as eleições presidenciais de 2022 e por postar mensagens de apoio à candidatura de Jair Bolsonaro (PL) nas redes sociais.
PF
De acordo com a Polícia Federal, os supostos delitos do ex-diretor da PRF teriam sido planejados no começo de outubro daquele ano, e houve um patrulhamento ostensivo e direcionado à região Nordeste no dia do segundo turno da eleição.
No processo, a defesa alegou que os argumentos utilizados pela PF no pedido de prisão não atendem aos requisitos para a decretação de prisão preventiva, mas Moraes discordou dessa justificativa.
Segundo a PF, os fatos investigados configuram, em tese, os delitos de prevaricação e violência política, previstos no Código Penal.
A defesa de Vasques afirmou que pretende apresentar novos requerimentos de liberdade ao STF.