Membros do PT encaminharam para o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), um pedido para “realização de sessão solene em referência aos 60 anos do golpe castrense”. O pedido é assinado pela deputada Natália Benevides (PT-RN) e respaldado por outros 10 deputados do partido.
O documento foi apresentado no dia 13 de março, mesmo dia em que jornais noticiaram uma suposta orientação do presidente Lula (PT) para que não se promovam ações sobre a atuação dos militares em 1964 como forma de evitar tensões.
Segundo o Poder360, Lula teria, inclusive, dado ordem para que o ministro de Direitos Humanos, Silvio Almeida, cancelasse um ato programado para o dia 31 de março em memória dos “perseguidos” do regime castrense.
Ainda, de acordo com o Poder360, o comandante do Exército, general Tomás Paiva, teria dado ordem para que não haja qualquer celebração por parte dos militares.
Segundo a revista Veja, o ministro da Defesa, José Múcio, informou Lula sobre a determinação do comando do Exército e a atitude do petista de proibir manifestações no governo seria uma contrapartida.
No dia 28 de fevereiro, durante entrevista à RedeTV, Lula disse que o regime castrense ficou na história; que os generais que estão hoje no poder eram crianças em 1964; e que não ficará “remoendo” o assunto.
No pedido enviado à Presidência da Câmara, os deputados do PT afirmam que “não é admissível que qualquer órgão que compõe o Estado regido por essa Ordem Constitucional celebre, de qualquer modo, ou exalte a ditadura deposta pela Constituição de 1988. Tampouco é aceitável que o Estado brasileiro atue em favor do esquecimento”.