terça-feira, 2 julho, 2024
spot_img
Mais

    Últimos Posts

    spot_img

    Solução para o enigma das crateras enormes na Sibéria pode ter sido descoberta


    Grandes buracos formados no solo congelado da Sibéria são o resultado de explosões, porém a origem desse fenômeno único no Ártico ainda é desconhecida. As penínsulas de Yamal e Gydan são os únicos lugares onde esses intrigantes buracos de até 50 metros de profundidade foram encontrados há mais de dez anos, e os cientistas ainda não têm uma explicação definitiva. No entanto, uma nova teoria pode ajudar a compreender melhor a possível causa dessas formações.

    Pré-publicado na última sexta-feira (12), o artigo reúne diversas hipóteses consideradas até então na tentativa de desvendar tal fenômeno. Quedas de meteoros, explosões de gás natural e conexão com lagos históricos que teriam secado e vedado a ventilação de gases, causando assim acumulação e explosão após o aprisionamento no solo congelado, foram algumas das sugestões feitas por cientistas.

    O que gerou as crateras na Rússia?

    Continua após anúncio

    O problema das teorias anteriores é que elas não conseguem explicar vários fatores relacionados ao fenômeno. Um deles é que as crateras estão presentes em diversos ambientes geológicos de ambas as penínsulas, e nem todos estavam cobertos por lagos no passado. Além disso, a explicação que envolve gás natural não justifica o fato de que os buracos são encontrados apenas no norte da Rússia, quando, se os gases pudessem ser a causa, poderiam ter surgido crateras em outras regiões do mundo.

    O solo congelado das penínsulas de Yamal e Gydan varia em espessura, indo de algumas dezenas de metros a até meio quilômetro. Há mais de 40.000 anos o solo na região se congelou, aprisionando sedimentos marinhos ricos em metano. Com o passar do tempo, esses sedimentos se transformaram em reservatórios de gás natural, gerando calor gradualmente e iniciando o descongelamento do permafrost a partir da parte mais baixa. Bolsões de gás teriam então se formado na base.

    Continua após anúncio

    Além disso, o permafrost russo e de outras áreas do Ártico tem derretido na superfície devido às mudanças climáticas. Em locais onde o gelo já está fino nas duas penínsulas, o derretimento nas extremidades e a pressão do gás podem causar, eventualmente, o colapso do restante do permafrost, resultando em explosões.

    Denominado “efeito champagne”, esse fenômeno explicaria a presença de crateras menores além das oito gigantes já conhecidas, já que grandes pedaços de gelo lançados pelas explosões teriam marcado o chão. Devido à possível cobertura de água e sedimentos em algumas dessas crateras, os cientistas acreditam que possa haver outras crateras ainda não identificadas.

    Continua após anúncio

    Com as mudanças climáticas, acredita-se que um ciclo de explosões e liberação de gás natural na atmosfera possa acabar se desenvolvendo, acelerando ainda mais o derretimento. Cerca de 1.700 bilhões de toneladas métricas de gases do efeito estufa, incluindo dióxido de carbono e metano, estão armazenados no permafrost do Ártico, tornando as emissões decorrentes do descongelamento especialmente preocupantes.

    Fonte: Earth ArXiv, Geosciences

    spot_img

    Últimas Postagens

    spot_img

    Não perca

    Brasília
    céu limpo
    15.5 ° C
    15.5 °
    13.1 °
    67 %
    0.5kmh
    0 %
    qua
    26 °
    qui
    28 °
    sex
    27 °
    sáb
    28 °
    dom
    20 °

    18.119.165.92
    Você não pode copiar o conteúdo desta página!