terça-feira, 2 julho, 2024
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    Surto de influenza aviária atinge rebanho leiteiro nos Estados Unidos e para produção

    Uma epidemia de gripe aviária que resultou no abate de aproximadamente 80 milhões de aves nos EUA nos últimos dois anos está impactando agora vacas de leite, interrompendo temporariamente a produção de leite e levando alguns estados a reforçar as restrições à movimentação de animais nas fronteiras estaduais.

    Há receios de que a moléstia se dissemine para o gado de abate e prejudique a demanda por carne bovina. Criadores estão adotando medidas preventivas mais rigorosas, utilizando estratégias da indústria avícola para afastar aves selvagens conhecidas por transmitir a enfermidade.

    O pecuarista de leite Lucas Sjostrom, que mantém 200 vacas próximas a Brooten, no estado de Minnesota, declarou que planeja implantar ações para evitar derramamentos de leite durante o transporte para pasteurização. Ele também está avaliando a possibilidade de instalar sistemas a laser para afastar aves silvestres, porém ainda está indeciso se o investimento é viável. “Nós simplesmente não sabemos como combater algo tão novo”, disse Sjostrom, que também atua como diretor executivo da Associação de Produtores de Leite de Minnesota. “Ainda estamos em um processo de aprendizagem intenso.”

    O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na nomenclatura em inglês) registrou, nas últimas duas semanas, casos de gripe aviária em mais de uma dúzia de rebanhos leiteiros no Texas, Kansas, Novo México, Michigan e Idaho. Segundo o USDA, nenhum bovino morreu em decorrência da doença, destacando que as infecções ficaram restritas a animais mais velhos que se recuperaram após manifestarem sintomas moderados. Até o momento, a doença não foi confirmada em gado de abate.

    Os casos de influenza aviária em vacas de leite geraram turbulências nos mercados de bovinos na última semana. Os contratos futuros na Chicago Mercantile Exchange (CME) tornaram-se instáveis após as primeiras notícias e estão em declínio nesta semana, diante de receios de menor demanda dos consumidores por carne bovina ou restrições às exportações, conforme apontaram analistas.

    Até o momento, nenhum país implementou restrições à carne bovina ou a produtos lácteos dos EUA em decorrência da gripe aviária. Os analistas não preveem que a enfermidade afetará a demanda dos consumidores por esses itens, tendo em vista que não impactou o consumo de frango ou ovos. O que influenciou o consumo de ovos foram os preços elevados, não a doença em si, destacaram.

    No momento, não há preocupações quanto à segurança do leite comercial, uma vez que os produtos nas prateleiras dos estabelecimentos comerciais são pasteurizados, conforme informaram o USDA e a Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA). As fazendas leiteiras devem fornecer leite apenas de animais saudáveis para ser processado, sendo necessário que o leite passe pelo processo de pasteurização para ser comercializado interestadualmente para consumo humano. O leite proveniente de animais infectados está sendo retirado da cadeia alimentar ou eliminado, informou o CDC.

    O USDA ainda não determinou se a doença está sendo transmitida de uma vaca para outra e, até o momento, atribui as infecções às aves selvagens. Alguns representantes da indústria sugeriram que a doença pode estar se propagando por meio de leite não pasteurizado.

    A National Cattlemen’s Beef Association, organização que representa criadores de gado nos EUA, está recomendando que os produtores limitem a movimentação de animais entre fazendas ou confinamentos e coloquem em quarentena os novos animais que estão sendo introduzidos aos rebanhos.

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