O chefe do Executivo de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), celebrou nesta quarta-feira, 6, a aprovação do projeto de lei na Assembleia Legislativa do Estado (Alesp) que dá luz verde para a transferência de controle acionário da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
A ação é uma das promessas da campanha de Tarcísio. Após dois horas de confusão, com tumultos e lançamento de artefatos explosivos no plenário da Alesp por manifestantes, a proposta foi aprovada por 62 votos a favor e apenas 1 contra.
Eram necessários 48 dos 94 deputados para o texto seguir para a sanção do governador. O resultado representa uma vitória significativa para o chefe do Executivo.
Tarcísio comemora
No X (antigo Twitter), Tarcísio felicitou os legisladores pela aprovação da transferência de controle acionário da Sabesp.
“A coragem com que enfrentaram os ataques dos que não têm argumentos contribuirá para a construção de um legado de universalização do saneamento, de saúde para todos”, escreveu. “Vocês estão contribuindo para forjar um novo futuro!”
Dia histórico para São Paulo! Parabéns aos bravos parlamentares da @AssembleiaSP que aprovaram a privatização da Sabesp. A coragem com que enfrentaram os ataques dos que não têm argumentos ajudará a construir um legado de universalização do saneamento, de despoluição de…
— Tarcísio Gomes de Freitas (@tarcisiogdf) December 6, 2023
Tarcísio enfrentou obstáculos na articulação política com a base governista na Alesp e pressão de sindicatos contrários ao plano de desestatização do governo estadual.
Confusão
A votação para autorização da transferência de controle acionário da Sabesp foi interrompida por militantes de esquerda. Os manifestantes tentaram invadir o plenário da Assembleia.
O presidente da Casa, André do Prado (PL), solicitou auxílio da Tropa de Choque da Polícia Militar (PM) para a retirada dos manifestantes. Alguns legisladores acusaram o grupo de atos de vandalismo contra a galeria da Alesp. A polícia dispersou os manifestantes.
Deputados do PT, PCdoB, PSol, Rede e PSB não participaram da votação. Minutos antes, o grupo havia anunciado que se recusava a votar a transferência de controle acionário nesta quarta-feira, 6.
Eles alegaram o forte cheiro de gás no plenário e afirmaram que legisladores idosos, com comorbidades e gestantes – como no caso da deputada Paula Nunes (PSol) – estariam impossibilitados de votar.